Alcaraz destrona Djokovic e é o novo “rei” do 3.º Grand Slam | Wimbledon 2023

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A 136.ª edição do torneio masculino de Wimbledon terminou com o primeiro troféu de Carlos Alcaraz após derrotar Novak Djokovic no derradeiro jogo da competição mais prestigiada e antiga da modalidade.

A mais recente edição do torneio foi muito afetada pela chuva – um clima habitual no Reino Unido – que provocou o adiamento de várias partidas, visto que não há muitos recintos cobertos. Os adiamentos causaram na realização de vários jogos por parte dos tenistas num curto espaço de tempo.

Ao longo das duas semanas da quadra principal houve várias vitórias e eliminações surpreentes. Por um lado, as surpresas da mais recente edição da provaforam Christopher Eubanks e Roman Safiullin, por outro lado, as desilusões foram Cameron Norrie, Casper Ruud, Francis Tiafoe e Félix Auger-Alliasime.

O PERCURSO DE NOVAK DJOKOVIC ATÉ AO DERRADEIRO JOGO

Na primeira semana de prova, o tenista sérvio derrotou Pedro Cachin, Jordan Thompson e Stan Wawrinka – vencedor de três Grand Slams – na primeira, segunda e terceira ronda, respetivamente, para alcançar os oitavos de final do torneio da modalidade mais prestigiado no Reino Unido.

Hubert Hurcakz foi o adversário de Novak Djokovic nos oitavos de final. O tenista polaco levou o vencedor de 23 Grand Slams a dois tie-breaks nos primeiros dois sets, perdeu-os e venceu o terceiro set. Entretanto, Novak Djokovic venceu o quarto e consequentemente o último set da partida.

Depois de se terem enfrentado na mais recente edição do Australian Open, Novak Djokovic voltou a jogar com Andrey Rublev num Grand Slam e novamente nos quartos de final. Ao contrário de aquilo que aconteceu no primeiro Grand Slam do ano, Andrey Rublev venceu um set, apesar de ter perdido novamente.

O último adversário de Novak Djokovic antes da final foi Jannik Sinner. O tenista italiano chegou às meias-finais de um Grand Slam pela primeira vez na carreira aos 21 anos – tornou-se no segundo tenista da história da competição a chegar a esta fase do torneio sem defrontar um cabeça-de-série depois de Rafael Nadal em 2019. Novak Djokovic acabou por vencer o jogo sem ceder nenhum set nem cometeu nenhuma dupla-falta.

O PERCURSO DE CARLOS ALCARAZ ATÉ AO DERRADEIRO JOGO

Jeremy Chardy, Alexandre Muller e Nicolas Jerry foram os jogadores que Carlos Alcaraz derrotou para estar presente na segunda semana de prova em Wimbledon e igualar o registo do ano passado, onde foi eliminado nos oitavos de final por Jannik Sinner.

O adversário do tenista espanhol nos oitavos de final foi Matteo Berrettini, finalista da prova em 2021, que está numa fase de recuperação de pontos após ter recuperado de uma lesão que o afastou durante cerca de quatro meses no ano passado. O tenista italiano eliminou Lorenzo Sonego, Alex De Minaur e Alexander Zverev antes de ser eliminado pelo tenista espanhol em quatro sets.

Holger Rune foi o tenista que se cruzou no caminho de Carlos Alcaraz nos quartos de final do evento. No terceiro jogo entre os dois jogadores – depois de uma vitória para cada um dos tenistas – o tenista espanhol derrotou o tenista dinamarquês em três sets para garantir bilhete para as meias-finais da prova.

O jogo entre Carlos Alcaraz e Daniil Medvedev, primeiro e terceiro cabeçe de série do torneio, respetivamente, foi a derradeira partida da primeira metade da tabela de Wimbledon. Depois de ter perdido o duelo no mesmo evento em 2021, Carlos Alcaraz garantiu a vingança da eliminação ao vencer a partida por 3-0 para alcançar a primeira final no torneio mais prestigiado do ténis.

O DIA DECISIVO DO TORNEIO

A final ocorreu no último domindo, 17 de julho, na quadra central de Wimbledon, em Londres. Carlos Alcaraz e Novak Djokovic, os dois finalistas do torneio, jogaram frente a frente pela terceira vez na história da modalidade, com cada um dos dois tenistas a obter uma vitória antes da final do terceiro Grand Slam do ano.

De um lado, temos Novak Djokovic que chegou com o objetivo de conquistar o inédito 24.º Grand Slam masculino, igualar os oito títulos em Wimbledon de Roger Federer e manter a sequência de vitórias na quadra principal que tem desde 2013, ano em que perdeu a sua única final em Wimbledon – até antes do jogo com Carlos Alcaraz – para Andy Murray; do outro lado, temos Carlos Alcaraz, que queria manter o lugar número 1 do ranking ATP e tornar-se no terceiro tenista masculino mais novo a vencer a prova, apenas atrás de Boris Becker e Bjorn Born.

O público foi muito participativo no derradeiro jogo da prova. Tanto Novak Djokovic como Carlos Alcaraz eram aplaudidos quando um dos tenistas ganhava o ponto ou o set.

No primeiro set, Novak Djokovic entrou com tudo na partida e venceu o set inicial por 6-1, um registo que poucos adeptos estavam à espera.

O segundo set acabou por ser determinante na partida. O vencedor foi apenas conhecido no tie-break, um método de decisão em que Novak Djokovic raramente perde, por isso, Carlos Alcaraz precisava de vencer para ter mais hipoteses de vencer a prova e conseguiu-o.

No terceiro set, Carlos Alcaraz aproveitou o bom momento para vencer o set por 6-1 e vingou-se do resultado obtido no primeiro set da partida. No set seguinte, Novak Djokovic deu tudo e levou o derradeiro jogo ao set decisivo.

No quinto e último set da final, após dois jogos de serviços muito equilibrados, Carlos Alcaraz quebrou o serviço do tenista sérvio e aguentou todas as investidas de Novak Djokovic para vencer o set por 6-4.

Com este resultado, Carlos Alcaraz continua no topo do ranking ATP, venceu o seu primeiro título no torneio mais prestigiado do mundo, tornou-se no terceiro jogador mais jovem a vencer o torneio masculino, atrás de Boris Becker e Bjorn Born, destrona a sequência de 20 anos de troféus para o Big-4 do ténis (Novak Djokovic, Roger Federer, Rafael Nadal e Andy Murray) e é o primeiro tenista a garantir o bilhete para a edição deste ano do ATP Finals.

Novak Djokovic perdeu a sua sequência de 10 anos sem perder na quadra principal de Wimbledon e a hipótese de regressar ao topo do ranking ATP e ser o primeiro tenista masculino a vencer 24 Grand Slams.

Filipe Torres
Filipe Torreshttp://www.bolanarede.pt
O Filipe saiu da Ilha de São Miguel, nos Açores, para tirar a Licenciatura de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Desde criança que é adepto de Futebol, tendo já sido árbitro. Para além do "desporto-rei", o Filipe também é apaixonado por Basquetebol e não falha no acompanhamento de Wrestling.

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