GP Abu Dhabi: Max Verstappen vence e Mercedes carimba o vice-campeonato

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Pela 19ª e última vez em 2023, a Fórmula 1 ouviu o hino dos Países Baixos no domingo, marcando a conclusão do Grande Prémio de Abu Dhabi, onde Max Verstappen conquistou mais uma vitória dominante. Charles Leclerc garantiu o segundo lugar, embora tenha cedido o lugar a Sergio Pérez, numa tentativa de evitar que a Mercedes terminasse em segundo lugar no campeonato de construtores. No entanto, uma penalização ao piloto mexicano da Red Bull Racing, devido a uma colisão com Lando Norris, fez com que George Russell subisse ao pódio, ratificando assim o lugar da da equipa alemã, que termina o ano sem vencer pela primeira vez desde a temporada de 2011.

A CORRIDA: MERCEDES É SEGUNDA NO CAMPEONATO DE PILOTOS

A corrida começou com Charles Leclerc a mostrar a sua determinação em assumir o primeiro lugar logo no arranque. Não contente com a tentativa falhada em atacar na primeira curva, escolheu as seguintes para novas tentativas. Ao aproximar-se da curva 5, posicionou-se por dentro, conseguindo contornar ligeiramente à frente. No entanto, a manobra não foi suficiente para consolidar a sua vantagem para além da curva 6, que se inclinava para o lado oposto. A partir daí Max pilotou para nunca mais ninguém o ver.

Leclerc incapaz de bater o holandês assegurou a segunda posição, mantendo-se firme nela até o fim. George Russell, beneficiado pela punição de cinco segundos de Sergio Perez, que foi quarto, evidenciou a superioridade do desempenho da Mercedes em termos de ritmo de corrida, superando tanto Lando Norris (quinto) quanto Oscar Piastri (sexto) para garantir a terceira posição.

Fernando Alonso fez uma corrida tanto discreta como sólida para finalizar o grande prémio em sétimo lugar e carimbar o quarto lugar no campeonato de pilotos. Segui-se Yuki Tsunoda, que liderou o grande prémio por cinco voltas e tornou-se o primeiro japonês desde Takuma Sato em 2004 em liderar uma corrida na F1.

Hamilton e Stroll foram os últimos classificados do top dez, em nono e décimo respetivamente.

Max Verstappen fez ainda a volta mais rápida, terminando o fim de semana com o número de pontos possíveis. O holandês tornou-se ainda no primeiro piloto a lidar mais de 1000 voltas numa só temporada na prova rainha do automobilismo, numa corrida em que o isolou no terceiro lugar de pilotos com mais vitórias de sempre na Fórmula 1.

Na chegada ao último grande prémio da temporada faltava, ainda, decidir quem seria o segundo lugar no campeonato de construtores. A Mercedes e a Ferrari prometiam uma luta intensa até à bandeira de xadrez e não desiludiram.

Na luta pelo vice-campeonato, o terceiro lugar de Russell e o nono de Lewis Hamilton garantiram à Mercedes o segundo lugar no campeonato de construtores, ultrapassando a Ferrari. A luta foi intensa, não só diretamente na pista entre os carros das duas equipas, mas também nas estratégias adoptadas. Com uma penalização de cinco segundos imposta a Sergio Pérez por uma colisão com Norris, Leclerc tinha um plano na manga. A quatro voltas do final, quando Pérez ultrapassou Russell, Leclerc sinalizou a sua intenção de dar o vácuo e permitir que Pérez o ultrapassasse também, para fazer garantir a terceira posição a Pérez depois do desconto final dos segundos e, assim, fazer com que a Ferrari conseguisse o vice-campeonato de construtores. No entanto, a vantagem que Perez tinha face a Russell não permitiu que este ficasse em terceiro lugar na corrida, deixando assim o segundo lugar para a Mercedes.

Além disso, a Ferrari percebeu as suas dificuldades e optou por manter Carlos Sainz na pista até a penúltima volta. A estratégia tinha como objetivo esperar por um período de safety-car para evitar que Sainz saísse da zona de pontos, o que não se concretizou. Carlos não podia terminar a corrida com apenas uma paragem nas boxes, uma vez que tinha utilizado pneus duros nos dois primeiros troços e, se não mudasse para um composto diferente, seria penalizado. No entanto, acabou por se contentar com o 18º lugar.

A disputa pelo quarto lugar no campeonato, envolvendo Norris, Leclerc, Alonso e Sainz, também prometia ser feroz. Leclerc, que partia em desvantagem pontual face aos restantes, foi quem mais pontuou na corrida, embora isso não tenha sido suficiente para alcançar o tão almejado quarto lugar. Este posto foi conquistado pelo veterano espanhol, Fernando Alonso, que cruzou a linha de meta na sétima posição. Leclerc e Alonso terminaram a temporada com a mesma pontuação, e o critério de desempate foi o número de terceiros lugares conquistados ao longo do campeonato, já que ambos obtiveram o mesmo número de segundos lugares nesta época, sendo este o primeiro critério de desempate. Norris assegurou a sexta posição, ficando a apenas um ponto de distância. Já Sainz, que tinha vantagem sobre os demais no início do fim de semana, confirmou o mau momento vivido depois do acidente em Las Vegas e não pontuou, terminando assim em sétimo lugar. Termina ainda assim a temporada como o único piloto a vencer uma corrida além dos pilotos da RedBull.

PILOTO DO DIA

Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) – Tsunoda, depois de conseguir a sua melhor qualificação de sempre, fez uma corrida conseguida com uma estratégia diferente dos demais. Terminando em oitavo Yuki, como já referi, tornou-se, nesta corrida, o primeiro piloto japonês a liderar um grande prémio de F1 em 19 anos.

DESILUSÃO DO DIA

Carlos Sainz (Ferrari) – Na luta pelo quarto posto do campeonato de pilotos Sainz pilotou sem confiança para o seu maior pesadelo. O seu carro mostrou não ter ritmo de corrida contra carros com potencial bem inferior ao Ferrari. Não pontuando acabou a temporada 2023 em sétimo lugar no campeonato de pilotos.

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