À boa maneira inglesa | Manchester City FC 3-3 Tottenham HFC

A fazer jus à ideia popular de que “o melhor fica sempre para o final”, a 14.ª jornada fechou mesmo de uma das melhores formas possíveis: com um duelo entre Cityzens e Spurs. De um lado o todo-o-poderoso Manchester City FC, de Pep Guardiola, que tem sentido quase sempre dificuldades perante o emblema londrino. Do outro, o renovado Tottenham HFC, de Ange Postecoglou, que, embora tenha iniciado muito bem a sua caminhada nesta edição da Premier League, vinha de três derrotas consecutivas e três pontos atrás dos tricampeões.

O jogo, esse, correspondeu totalmente às expetativas. Três golos para cada lado, divisão de pontos com direito a reviravoltas, emoção até ao fim e um futebol de ataque e risco de parte a parte. Erros forçados e não forçados, substituições com impacto direto no jogo e um final de encontro com uma boa polémica à mistura. Teve de tudo. Foi um autêntico banquete futebolístico aquele a que se assistiu no Etihad Stadium.

Certamente, ainda havia gente à procura da sua cadeira no estádio quando Heung-min Son ‘conseguiu’ fazer algo que não está ao alcance de todos. Primeiro, com seis minutos no cronómetro, o sul-coreano finalizou com sucesso um contra-ataque dos Spurs. Três minutos depois, na sequência de uma bola parada favorável ao Manchester City, o mesmo Son desviou a bola com o joelho para a própria baliza.

Tal como ‘deve’ acontecer nos livros e filmes, o início de jogo foi eletrizante e acabou por cativar facilmente o público no estádio e em casa. Para isso, foi também essencial a forma como as equipas se propuseram a alinhar em campo, principalmente o Tottenham. Postecoglou já tinha demonstrado perante o Chelsea FC que muito dificilmente abdicaria das suas ideias, independentemente do adversário e do contexto. No Etihad, contra o campeão europeu e com uma dupla de centrais adaptada, o australiano confirmou essa premissa, manteve-se fiel às suas ideias e acabou recompensado. Haverá dias em que o apito final não será tão saboroso para o técnico do Tottenham, mas confiar cegamente nas suas ideias deixá-lo-á sempre mais perto do sucesso.

Phil Foden com a camisola do Manchester City
Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

Phil Foden, que tem aproveitado este início de época para se consolidar no ‘onze’ de Pep Guardiola, ainda colocou o Manchester City em vantagem na primeira parte, numa altura em que começava a notar-se uma maior diferença entre uma e outra equipa. Emerson Royal, hoje a defesa-central, parecia perdido no meio da defesa dos Spurs. Valeu-lhe os seus colegas de setor e alguma precipitação do ataque dos sky blues.

Quem escreveu o guião deste belo espetáculo de futebol quis brincar um pouco com os espetadores, fazendo com que Manchester City e Tottenham trouxessem-nos um início de segundo tempo muito mais morno. Quase sonolento. Para virá-lo do avesso e voltar a trazer o perfume com cheiro a futebol inglês para o relvado do Etihad, surgiu o sangre argentino de um craque. Giovani Lo Celso, titular pela segunda vez consecutiva, animou não só os adeptos dos Spurs como o jogo em si.

A partir daí, nunca mais faltou emoção. O Manchester City, que já tinha sido castigado contra o Liverpool FC por tentar gerir o jogo sem olhar permanentemente para a baliza contrária, voltou à mó de cima. E não precisou de muito tempo para voltar a colocar a bola na baliza de Vicario. Guardiola, que já havia tirado Doku (exibição apagada do extremo belga) para colocar Grealish, viu o inglês faturar com assistência do ‘android’, Erling Haaland.

O futebol é dos desportos mais imprevisíveis, ainda que tentem bater na tecla do “quem tem mais dinheiro ganha sempre”. Quando ‘toda’ a gente no estádio e em casa pensava que o resultado estava feito, apareceu Kulusevski a voar nas costas de Aké para de cabeça voltar a levar ao delírio milhares de adeptos londrinos.

O espetáculo terminou com uma divisão de pontos bastante saborosa para Arsenal FC e Liverpool FC, mas confirmou o brilhantismo de Guardiola e Postecoglou. Um jogo de futebol será sempre melhor quando as duas equipas quiserem impor-se sobre o seu adversário.

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