O AVS SAD chegou, viu e venceu (o bronze). Depois de uma época passada sempre no cume da Segunda Liga, a turma de Jorge Costa acabou mesmo por ascender ao principal escalão, vencendo e convencendo em ambos os jogos do playoff ante o Portimonense. E foi merecido.
Por mais que Paulo Sérgio esteja convencido de que a sua equipa não tenha estado assim tão mal e ainda que refute qualquer incapacidade psicológica dos seus jogadores, pareceu bastante claro que, sobretudo na segunda mão, na Vila das Aves, a equipa algarvia não teve ânimo nem discernimento para construir sequer oportunidades de golo.
Foram passes falhados atrás de passes falhados – muitos de nível de dificuldade baixíssimo -, foram receções indignas sequer de jogadores sub-15, foram cruzamentos sem nexo e sem direção. A precisar de vencer desde o minuto zero, nunca se viu capacidade nos olhos dos alvinegros para contornar o AVS SAD.
AVS SAD que, diga-se, também não permitiu qualquer ressurreição algarvia. Nem sempre teve bola, mas sempre teve o controlo. A maturidade desta equipa, que se foi notando durante toda a temporada, foi o 13.º jogador dos avenses nesta partida. A pausa que colocaram no jogo quando necessário, as acelerações de ritmo nos momentos certos, o controlo total das rédeas do jogo quando com bola (a este respeito, uma palavra só: Benny).
Como diria Rubén de la Barrera, se um extraterrestre aterras na Vila das Aves e decidisse assistir à partida, nunca adivinharia que a equipa do segundo escalão era o AVS SAD e que a equipa chegada em desvantagem era o Portimonense. Da “estufa” de imprensa ficou sempre – sempre! – a sensação de que o clube algarvio estava a caminho da Segunda Liga.
O bronze e a presença na Primeira Liga 23/24 ficaram com o AVS SAD. Ao Portimonense resta trabalhar, pelo menos, para o bronze da Segunda Liga da próxima temporada. Entretanto, talvez não seja má ideia trabalharem para o bronze no sol algarvio. Há naquela equipa cabeças que bem precisam de desanuviar…