Paris 2024, Andebol #2: Potência nórdica

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    A França apresentou-se como detentora do título olímpico de andebol tanto em masculinos como em femininos, em mais uma modalidade com grandes aspirações para a equipa da casa. A equipa masculina dos gauleses marcara presença nas últimas quatro finais (vencendo por três vezes) e a feminina fora finalista em Tóquio e no Rio de Janeiro. No entanto, existiam outros fortes candidatos ao ouro olímpico e este acabou mesmo por não ficar em França. Neste artigo, analisamos os jogos decisivos dos torneios olímpicos de andebol.

    Feminino

    As seleções nórdicas voltaram a afirmar-se como grandes potências do andebol feminino, ocupando três das quatro vagas do top-4. A Noruega já tinha levado de vencida a Dinamarca na fase de grupos e voltou a fazê-lo na meia-final, ainda que com uma margem menos confortável. Na outra meia-final, a grande favorita França precisou do tempo extra para eliminar a Suécia e chegar à terceira final olímpica consecutiva.

    A medalha de bronze foi arrecadada pelas dinamarquesas, com a guarda-redes Sandra Toft a ser um dos destaques, com 40% de eficácia. Assim, e apesar de terem feito mais dois remates no total, as suecas acabaram por sair derrotadas por cinco golos de diferença.

    Na final, o público da casa fez-se ouvir e as francesas entraram muito bem no jogo, mas nem isso desconcertou as norueguesas. Ao intervalo, as nórdicas lideravam por dois golos e uma entrada menos boa das gaulesas na segunda parte tirou-as praticamente da discussão do resultado. A guarda-redes Katrine Lunde foi uma das melhores em campo, bem como Henny Reistad, com uma contribuição importante de oito golos.

    A Noruega conquistou assim o seu terceiro ouro e a oitava medalha olímpica em andebol feminino. Katrine Lunde foi mesmo eleita a MVP do torneio, cuja equipa ideal incluiu cinco atletas participantes na final. A melhor marcadora foi a ponta direita sueca Nathalie Hagman.

    Masculino

    A seleção francesa viu o sonho chegar ao fim de forma dramática, com um erro fatal de Dika Mem (um dos melhores jogadores da atualidade) a levar o jogo dos quartos de final para tempo extra. A Alemanha conseguiu uma vitória tangencial e pôs fim à ambição dos homens da casa e à carreira de uma lenda do jogo, Nikola Karabatic, que foi ovacionado por todo o público presente. Nos restantes jogos dos quartos de final houve bastante equilíbrio sem nenhum resultado particularmente chocante, com Eslovénia, Dinamarca e Espanha a conseguirem o apuramento.

    Nas meias-finais, a Alemanha provou do seu próprio veneno e foi eliminada à justa pela Espanha. 22 defesas e 49% de eficácia foram os números impressionantes registados pelo guarda-redes alemão Andreas Wolff.

    Por sua vez, a Dinamarca confirmou o seu favoritismo, apesar de a Eslovénia ainda ter feito os nórdicos suar. Um livre de sete metros desperdiçado por Mikkel Hansen no último minuto não arrumou a questão e Aleks Vlah ainda reclamou a pena máxima no último lance do jogo. A decisão da arbitragem foi apenas um livre de nove metros e o último remate voou por cima da baliza dinamarquesa.

    No jogo da medalha de bronze, o empate ao intervalo demonstrava o equilíbrio entre espanhóis e eslovenos, com a eficácia do guarda-redes Klemon Ferlin a ser determinante. Na segunda parte o jogo manteve-se renhido, mas a vitória acabou por cair para o lado dos espanhóis, que chegaram assim ao bronze olímpico pela quinta vez. O desempenho defensivo de la roja foi notável e o último remate de Borut Mackovsek, em situação de superioridade numérica, não bateu Perez de Vargas.

    A Dinamarca era a grande favorita e entrou a todo o gás na final, apontando 16 golos nos primeiros 20 minutos. Ao intervalo, a diferença no marcador era de nove golos e já não se previa uma tarefa fácil para os alemães. Os “vikings” não tiraram mesmo o pé do acelerador, o que se traduziu na final mais desequilibrada da história: 39-26 foi o resultado que devolveu o ouro à nação que foi prata em Tóquio 2021. Mathias Gidsel, MVP do último campeonato do mundo, juntou a esse prémio os de melhor jogador e melhor marcador do torneio olímpico parisiense. Nota ainda para a despedida de Mikkel Hansen, outra grande vedeta do andebol mundial.

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    João Pedro Santos
    João Pedro Santos
    Licenciado e mestre em Biotecnologia pela Universidade de Aveiro, é atualmente estudante do Programa Doutoral em Engenharia Química e Biológica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Tendo a música e o desporto como grandes interesses, dedicou-se recentemente à escrita de artigos de opinião para o projeto Bola na Rede.