Diogo Dalot concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal A BOLA. O lateral do Manchester United falou sobre vários temas.
Diogo Dalot representa atualmente o Manchester United, que vai enfrentar o FC Porto nesta quinta-feira para a Europa League e começou por dizer o seguinte sobre a partida:
«Como é lógico será um jogo especial, um momento especial, para mim e para a minha família. É um clube que me diz muito, por isso é normal sentir essa pulsação antes do jogo, mas acredito que, quando chegar a hora de começar o jogo, esteja normalizada (..) Voltar ao Dragão? Já tive oportunidade de lá jogar. Não contra o FC Porto, mas pela Seleção, e reencontrar as pessoas que lá trabalham, percorrer esses corredores que tanto percorri. Claro que foi especial, mas agora é diferente, é contra o FC Porto , vou rever muitos adeptos e muitas pessoas que estiveram lá para me apoiar quando eu estava desse lado».
Diogo Dalot falou sobre o que espera do FC Porto x Manchester United:
«Espero uma equipa à imagem do Porto. É isso que tenho tentado transmitir à equipa técnica e aos colegas. Espero uma equipa bastante competitiva. Sabemos que o FC Porto, em provas europeias, tem sempre uma capacidade de competir acima da média. Não posso estar à espera de outra equipa. Já fiz a minha parte, agora as análises de jogo e o plano que vamos apresentar são outra coisa, mas a imagem dos jogadores, aquilo que vão sentir, não tenho dúvida que será uma equipa competitiva, agressiva, muito concentrada taticamente, ainda mais no Dragão, um campo sempre difícil (…) Temos de encarar esse jogo como se fosse uma final, pois são pontos de que vamos precisar se quisermos passar à próxima fase, e queremos muito ganhar a competição».
Diogo Dalot foi questionado sobre se vai festejar se marcar no Dragão:
«[risos] É sempre a pergunta que toda a gente quer saber. O momento dirá. Tenho um grande respeito pelo clube, pelo que me proporcionou. Foi o clube que me fez chegar até aqui, por isso o que acontecer será sempre com o maior respeito possível pelos adeptos e pelo clube».
Diogo Dalot está a gostar de ver Vítor Bruno:
«Exatamente a mesma imagem que tem mostrado. Confesso que tenho gostado de ver a forma como ele tem interagido, muito à imagem do que mostrou quando era assistente. O que é bom, pois, muitas vezes, quando se muda de papel, há uma mudança na personalidade, na forma de agir com os jogadores. Mas, pelo que tenho visto de fora, tem mantido uma imagem bastante positiva, assertiva, à imagem dele. Do pouco tempo que estive com ele – apenas uma época – foi bastante interessante, e tenho gostado muito».
Diogo Dalot acredita que Diogo Costa vai ser o melhor guarda-redes do mundo:
«Já falámos, claro. Assim que saiu o sorteio, sabíamos que seria um jogo especial. Ele é um amigo de longa data, e por isso, como é lógico, mantemos o contacto, e há sempre aquelas picardias. Ele sabe que é um grande jogo também para ele, para o clube. Como é lógico, no passado, já terá sido referenciado, não só aqui, como em diversos grandes clubes europeus, não tenho dúvidas de que tem potencial para ser dos melhores guarda-redes do mundo. Já é um dos melhores, mas vai certamente ser o melhor. O timing é ele que decide, tomará as suas decisões. Se ficar a carreira toda no FC Porto também será bom para mim, enquanto portista, mas tem mais do que capacidade para ser um dos melhores, como tem demonstrado».
E o empréstimo ao AC Milan?
«Foi numa altura em que precisava de minutos. Há momentos em que precisas de algo diferente, e aqui não iria conseguir ter o tempo de jogo que eu precisava, naquela época. Vinha de dois anos muito difíceis, com lesões, com poucos jogos, e seria difícil para um treinador dar minutos a alguém que tão pouco tinha jogado. Foi decisivo para mim, trouxe-me aquilo que precisava, mas sempre com a luz ao fundo do túnel de regressar e mostrar que podia dar cartas neste clube».
Diogo Dalot foi eleito Jogador do Ano pelos colegas do Manchester United:
«Foi extremamente especial. Todos os prémios são de dar valor, são importantes, mas teve um sabor especial. Veio das pessoas que partilham comigo todos os momentos, são a minha segunda família, aqueles que me veem todos os dias, com quem partilho o campo de batalha. Isso transmite-me confiança e deixa-me orgulhoso. É um trabalho diário, que não faço só por mim, faço por eles e pela equipa. Não passa de um reconhecimento, importante, mas mantenho-me com os pés na terra: dá-me mais confiança para continuar, e por outro lado a exigência aumenta, pois é esta consistência que tento trazer para a minha carreira».
Diogo Dalot revelou o momento mais marcante pela Seleção:
«Diria o primeiro jogo, foi especial, ainda para mais na competição que foi, logo um Europeu. Cada vez que jogo pela Seleção é especial. É uma sensação difícil de explicar, mas tem um sabor diferente. Foi importante para mim estar no Mundial também, foi muito bom. Marcar pela Seleção também é sempre bom. No cômputo geral, jogar pela Seleção é sempre especial».
Diogo Dalot olha para o momento da Seleção:
«Temos de olhar como um novo ciclo, uma boa preparação para chegar ao Mundial da melhor maneira, sem esconder que temos essa ambição. Temos de pensar grande. Normalmente não dão nada por nós, mas tempos capacidade de lutar, de mostrar que estamos vivos, que estamos entre os melhores. Não escondemos que queremos chegar ao Mundial e ganhar, por isso temos dois anos para o preparar da melhor maneira, e se podermos continuar a evoluir e a ganhar a Liga das Nações, seria perfeito».