O AC Milan vai enfrentar esta quinta-feira a Juventus para as meias-finais da Supertaça de Itália. Sérgio Conceição já falou aos jornalistas.
Sérgio Conceição já fez a antevisão ao Juventus x AC Milan, jogo a contar para as meias-finais da Supertaça de Itália e que vai ser realizado esta sexta-feira às 19h00 em Riade (Arábia Saudita). O técnico português disse o seguinte:
«Encontrei uma equipa humilde, que quer aprender, que quer perceber o que o treinador quer. Isto é muito importante, é a base para fazer um trabalho de qualidade, na minha opinião. Tivemos pouco tempo para trabalhar, mas fomos incisivos a transmitir o que é necessário».
«Primeiro jogo com a Juventus? São todos jogos diferentes, pensando também no meu passado como jogador. O momento é o que é: se me tivessem perguntado se queria mais tempo para trabalhar e todos os jogadores disponíveis, teria dito que sim. Mas eu sabia disso desde que cheguei e não há desculpas. Ainda faltam duas sessões de treino, queremos ser incisivos», referiu também.
Sérgio Conceição foi questionado sobre a emoção de enfrentar o seu filho Francisco Conceição, que atua na Juventus:
«Não estou nada entusiasmado, sou um profissional. Estou apenas com frio e tive febre nestes dias, se virem os meus olhos um pouco brilhantes é por causa disso. Em casa sou o pai dele, amanhã o meu filho será o meu adversário: ele vai sentir-se da mesma maneira, quero vencê-lo como ele me quer vencer. Espero não o fazer feliz».
Sérgio Conceição admitiu que o momento não é bom:
«Não é mais fácil nem mais difícil, há trabalho a fazer. Trabalhamos da mesma forma independentemente do adversário, queremos melhorar as situações que penso que podemos melhorar. Sei que o momento não é bom, mas temos de o mudar e só nós o podemos fazer. As palavras deixam tempo para serem encontradas, nestes grandes clubes os resultados contam no final e é isso que vamos tentar ter, a partir de amanhã».
Sérgio Conceição deixou elogios à Juventus:
«A Juventus tem muitos jogadores de qualidade, jovens e activos. É a equipa que sofreu menos golos na Serie A, trabalha de forma compacta e temos de ver o que podemos fazer para quebrar a sua organização defensiva. Não quero aprisionar o talento, mas temos de trabalhar de forma compacta como uma equipa. Só assim é que o futebol funciona, um jogador bonito de se ver mas pouco eficaz não me serve de nada».
Sérgio Conceição foi questionado sobre o futuro de Fikayo Tomori:
«Tomori? Não falei do mercado e nem sequer tive tempo para o fazer. Ele faz parte do grupo como todos os outros. Isso é o mais importante para mim. Não gosto de falar como um visionário, penso em trabalhar todos os dias. Amanhã vamos jogar num estádio cheio, ganhamos muito: que mais se pode pedir? Temos de ser felizes e agradecer o talento que Deus nos deu. Temos de mudar o momento».
Sérgio Conceição falou sobre o risco:
«A vida é assim, corremos riscos. Se não quisesse chegar a este nível, teria ficado em casa, perto de Coimbra. Não é um risco, o Milan é um prazer e um orgulho. O campeonato saudita? Acompanho-o com prazer, há bons treinadores e bons jogadores».
Sérgio Conceição foi ainda questionado sobre uma eventual transferência de Otávio para o AC Milan:
«Ele trabalhou comigo durante oito anos, no FC Porto e no Vitória de Guimarães, por isso é como um filho. Mas, levou tantas reprimendas que acabou por se tornar um amigo», disse entre risos.