Acácio Santos comentou a saída de treinadores na maioria dos clubes da Primeira Liga esta temporada e destacou Ian Cathro como uma exceção.
Em entrevista ao Bola na Rede, Acácio Santos abordou a saída de vários treinadores do comando técnico de clubes da Primeira Liga. O técnico de 44 anos afirmou que, atualmente, os técnicos têm pouco tempo para implementar as suas ideias nos clubes e destacou Ian Cathro, do Estoril, como uma das exceções:
«Hoje em dia, os treinadores vivem de resultados e de contratos, contratos esses que dão estabilidade na vida do treinador, caso sejam despedidos de algum clube. Em relação aos treinadores da nossa liga, houve saídas de técnicos com as quais eu não concordei, obviamente que cada caso é um caso e nós não sabemos o que se passa no clube. Hoje em dia estamos numa sociedade que quer resultados rápidos e o futebol não foge à regra. A pressão pela vitória imediata cria uma espécie de “dopamina” que, ao fim e ao cabo, não ajuda a tomar decisões racionais. Só que essa pressão não permite o trabalho de fundo que se precisa. Criar boas ideias de jogo, trabalhar a dinâmica da equipa e a sinergia entre os jogadores precisa de tempo e, hoje em dia, é difícil ter tempo. Olha o caso do Ian Cathro, por exemplo. Foi adjunto do Nuno Espírito Santo, chegou ao Estoril, começou com dificuldades e houve muita contestação. A verdade é que depois a equipa começou a ganhar, ele acabou por ficar e agora vê-se o resultado. Para mim até podia ter sido uma oportunidade, na altura os meus agentes falaram-me da possibilidade de ir para o Estoril, mas para o clube, a decisão de manter o treinador foi muito acertada»
Podes ler AQUI a entrevista completa de Acácio Santos.