Rui Borges esteve presente na sala de imprensa de Alcochete e respondeu a uma pergunta do Bola na Rede durante este sábado.
Rui Borges respondeu a uma questão do Bola na Rede na antevisão ao encontro entre o Benfica e o Sporting, relativo à final da Taça de Portugal, que se realizou durante o começo de tarde deste sábado.
Bola na Rede: No último dérbi o golo do Sporting acabou por empurrar a equipa um bocadinho para trás. Como é que um treinador pode, a partir de fora, contrariar esta tendência natural, projetando mais um encontro que, por ser uma final, terá características semelhantes?
Rui Borges: Às vezes é difícil porque o subconsciente individual e coletivo acaba por… Por isso é que eu digo, circunstâncias diferentes, jogos diferentes, emoções diferentes, ansiedades diferente. Amanhã com certeza será um jogo diferente do que foi no Estádio da Luz e assim espero também. Como o Morten disse, queremos ter mais bola e ter mais posse. Passaram tantas semanas a falar da posse quando o Sporting ganhou dois jogos e não tinha a posse maior que o adversário. Há dois ou três jogos éramos a equipa com mais posse em Portugal e vocês deixaram de falar da posse. Queremos fazer um jogo diferente e será um jogo diferente pela envolvência do jogo. Somos uma equipa que gosta de ter bola e vamos tentar ter mais bola. Foi natural no Estádio da Luz, pelo ambiente em si, pelo que ditava o jogo, pelo conseguirmos trazer com o empate a decisão para nossa casa, que inconscientemente eles viessem um pouco mais para trás. Às vezes torna-se difícil ajustar no momento alguns comportamentos para podermos ser diferentes. Tentámos ao intervalo, ajustámos algumas coisas e o Di María saiu fora. Coisas que a gente não controla, por isso é que estar deste lado às vezes é bem desafiante. Obriga-nos a pensar em coisas diferentes e a reagir rápido. Nem sempre acertamos, nem sempre ajudamos, porque às vezes fazemos asneira. Eu não fujo a isso, não somos 100% certos em tudo. Tentamos ajudar ao máximo e uma coisa é certa. Eles ouvem-nos muito e acreditam muito na mensagem, por isso é que fomos campeões nacionais. Essa parte é que me importa. Bem ou mal eles acreditam naquilo que é a nossa mensagem, agarram-se a ela e tentam ao máximo ser melhores para conseguirmos no fim ganhar. É isso que queremos tudo.
