Presidente da Liga Portugal defendeu a decisão de reagendar o jogo do Arouca contra FC Porto e revelou ter recebido mensagens de solidariedade de adeptos portistas.
Reinaldo Teixeira não deixou passar em branco a polémica em torno do reagendamento do Arouca-FC Porto. No final da Assembleia Geral Ordinária da Liga, que teve lugar esta terça-feira, na sede do organismo, no Porto, o dirigente garantiu que na sua presidência a Liga «nunca haverá uma atitude premeditada para beneficiar ou prejudicar qualquer clube».
As declarações surgem na sequência do editorial da revista Dragões, no qual o presidente do FC Porto acusou a Liga de «irresponsabilidade» e apontou «calendários erráticos, decisões tardias e leituras enviesadas dos regulamentos». Questionado sobre o tema, Reinaldo Teixeira afirmou respeitar a opinião do presidente portista, mas fez questão de realçar o apoio que recebeu.
«Alegro-me que vários adeptos, sócios e membros do FC Porto, que me conhecem há muitos anos, ligaram-me solidários, pedindo desculpa, inclusive, por algumas atitudesc, realçou Reinaldo Teixeira.
De acordo com fonte oficial da Liga, Reinaldo Teixeira não se referia diretamente às declarações ou opiniões de André Villas-Boas sobre o reagendamento do jogo, mas às mensagens de contestação de que foi alvo.
Quanto ao processo, o presidente da liga explicou que a decisão foi tomada «em escrupuloso respeito pelos regulamentos», tendo sido escolhida a data de 29 de setembro por implicar a alteração de apenas um jogo, o Famalicão x Rio Ave.
«A única data que havia disponível, que os clubes não concordaram, foi a 30 de outubro. Nessa data, a distância entre os jogos, era igual a esta segunda-feira. Essa data de 30 de outubro obrigaria a mudar quatro jogos. A data de 29 de setembro obrigou a alterar um só jogo, como sabem, o Famalicão-Rio Ave. E foi o que fizemos. Entretanto, o FC Porto reclamou e a reclamação chega num dia, e nós tínhamos dez dias para responder. Respondemos nas horas seguintes. Não sei se três, quatro, cinco horas seguintes. Respondemos. Até hoje, estamos convencidos de que o que fizemos, é aquilo que o regulamento nos permite fazer. Dizer, como ouvi dizer, porque é que não trocaram a ordem e o jogo ser FC Porto-Arouca? O Regulamento não permite. Por que é que não colocaram o jogo no outro estádio? O Regulamento não permite. Estava marcado para aquele estádio, era preciso fazer o jogo naquele estádio. Há total abertura para se trabalhar nos Regulamentos, para que, cada vez mais, sejam transparentes e claros», esclareceu o presidente da Liga Portugal.