João Palhinha falou aos jornalistas no primeiro dia da concentração portuguesa. Portugal procura selar apuramento para o Mundial 2026.
João Palhinha foi o primeiro jogador a falar aos jornalistas no dia da reunião dos internacionais portugueses. Seleção portuguesa reuniu-se na Cidade do Futebol e ainda treinará nesta segunda-feira.
«A equipa está motivada para garantir a qualificação. É o nosso objetivo. Vamos ter dois jogos em casa, é especial para todos. É sempre uma emoção diferente. Queremos a qualificação o mais cedo possível, festejar já esse objetivo é o cenário ideal para este estágio».
«Titularidade? Acredito sempre que posso começar de início. Independente de jogar mais ou menos, estou preparado para quando for chamado. Dou sempre o máximo nos treinos, todos sabem da minha dedicação. Espero a minha oportunidade como sempre. Quero sempre jogar e ter oportunidades, cabe ao mister decidir quem está mais preparado».
«Tenho noção e sinto [que perdi espaço]. Pode ter que ver com a situação no Bayern, não há que ter rodeios. Na seleção, o momento vive muito do que vivemos nos nossos clubes. Não foi uma época fácil, a última, quer pela lesão quer por não ter as oportunidades que podia ter tido. Quando jogamos e estamos bem no clube, é mais fácil estarmos melhor na seleção. Estou numa fase feliz da minha vida, um novo clube, um novo projeto, numa liga que não é nova para mim. O futebol e a vida no geral são muito momentâneos, tenho de aproveitar os momentos».
«Não só pela conquista da Liga das Nações, mas pelas vitórias atrás de vitórias, estamos numa fase de confiança. Olhamos para o lado e sentimos confiança e qualidade no colega do lado. Não só qualidade, mas espírito e união. Está acima do que esteve no passado e era isso que faltava em momentos. A seleção está unida e com fome de ganhar títulos. A motivação é muito alta por toda a gente, jogadores e staff».
«Tottenham? Tenho tido as oportunidades que não tive no passado. É sobre isto. Confiança total das pessoas que me quiseram levar para o Tottenham, o treinador foi o principal responsável. Quando sentimos confiança e que somos desejados, é onde devemos estar. Tomei a decisão facilmente, senti vontade em trabalhar comigo. Fez-me voltar a demonstrar confiança e capacidade no que consigo atingir. Quero disfrutar ao máximo da Premier League e da seleção».
«Sempre tive comprometido com a seleção. Já estou aqui há bons anos na seleção e é algo que me deixa orgulhoso. Sempre tive fases e momentos diferentes. É sinal do compromisso que tenho perante o grupo. Orgulhoso por voltar a casa e representar o país. Sabem das minhas características e de onde posso acrescentar à equipa. Todos os médios são diferentes, eu o Vitinha, o João Neves, o Bruno, o Bernardo. Acrescentamos coisas diferentes e é uma mais-valia para o treinador. Sou o João, o mesmo desde 2020, com fome em ajudar o máximo possível».
«Irlanda? Ainda não tivemos tempo de analisar, conheço alguns jogadores por jogar em Inglaterra. Vai começar hoje a análise. Focados totalmente no jogo da Irlanda. Jogámos com eles no Algarve, não foi nada fácil. Jogo muito difícil. Vamos analisar ao máximo nos próximos dias».
«Golos marcados? Quem marca um golo… A emoção é sempre muita. Pode ser explicado por não marcar muitos, mas é o momento de realizar um golo. Tenho três golos, espero ter mais daqui a uns meses. Estipulei esse objetivo pessoal para esta época. Não é um objetivo onde estou muito focado, mas vem do trabalho que quero fazer. Talvez tenha festejado de forma mais efusiva pelas coisas guardadas cá dentro. Dedicar cada sucesso aos meus filhos, é o primeiro pensamento que tenho. É o que me leva a festejar desta forma cada momento deste».
Portugal defronta a Irlanda no dia 11 de outubro, sábado, e a Hungria a 14 de outubro, uma terça-feira. Ambos os jogos serão realizados em Alvalade. Recorda os convocados de Roberto Martínez para os jogos.