O Braga empatou 1-1 com o Rangers na quinta jornada da Europa League. Carlos Vicens analisou a partida e falou sobre a expulsão.
Carlos Vicens falou aos jornalistas após o empate entre o Braga e o Rangers (1-1) na quinta jornada da fase de liga da Europa League. Entre vários outros temas, o técnico dos arsenalistas fez a sua análise ao jogo disputado na Escócia:
«Jogo com o Rangers, Ibrox Park, Liga Europa, é de elite. Não se pode pretender que tudo saia como queremos. Já tínhamos falado que íamos ter de sofrer em alguns momentos. Sabemos que é sempre difícil para toda a gente. É verdade que o bom início da equipa não tem prémio. Quando nestes jogos, contra rivais de alto níveis, não se materializam duas oportunidades perde-se uma boa chance. Ficámos vivos, ainda assim. Como contra o Genk, chegámos ao último minuto da primeira parte, dois cantos seguidos e há um penálti. Fomos para o intervalo em desvantagem. Não merecíamos. Na segunda parte, a equipa volta a ser ambiciosa, volta a tentar ir pelo jogo e encontra-se novamente numa situação que nunca se quer, que é ficar com 10».
Carlos Vicens falou sobre o jogo pós-expulsão de Rodrigo Zalazar (61 minutos) e valorizou exibição do Braga:
«Penso que o que se viu a partir daí, jogando 36 minutos com menos um, foi uma equipa com mais posse de bola. Isso mostra o que são estes rapazes. Mesmo com um a menos, iam pressionar, à procura do segundo golo. Mais do que valorizar o resultado, é a imagem desta equipa, que dá tudo no jogo, por estes adeptos para que voltem a Braga orgulhosos. Depois de tudo isto, gostava de ganhar, mas tenho de reconhecer o mérito desta equipa de fazer tudo o que fez».
Carlos Vicens disse ainda o seguinte sobre a expulsão:
«Quando aconteceu a expulsão do Zalazar, tínhamos duas substituições prontas. Tivemos de reajustar. Como equipa técnica, sabemos que temos de tomar decisões nestas alturas e manter a cabeça fria. Os jogadores têm as pulsações mais altas, nós temos de estar na lateral com as pulsações mais baixas. Com 10, os esforços são mais altos, temos de estar preparados para o desgaste. Precisamos de reajustar. Adiámos para ver quem caía primeiro a nível físico. Tínhamos o Gabri amarelado e optámos pela saída dele. Ele estava a dar-nos muito quando recuperávamos bola e esteve até perto de nos dar o segundo golo. Este é o nosso trabalho, dar alternativas em momentos em que é preciso adaptação».
Carlos Vicens foi questionado pela arbitragem:
«Prefiro não falar, diria coisas que não são positivas para ninguém. Centro-me na equipa, que é o que posso controlar e em quem posso ter efeitos nos dias seguintes. Para melhorarmos. Queria ter vindo cá ganhar, mas também podíamos ter perdido. E mesmo assim podíamos ter ganho, mesmo com menos um. Poucas vezes me vão ouvir que com um ponto vou satisfeito, jogámos para ganhar. Mas se tenho de falar de satisfação com a postura da equipa, então sim».

