Chapecoense: Amanhã era dia de festa

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Amanhã era dia de festa. Dia inesquecível na memória futura de 22 jogadores, 26 figuras técnicas e administrativas, 21 jornalistas, e 3 convidados. 72 almas que iriam, mais tarde, usar a sua história como exemplo vivo da importância da abnegação na prossecução de um objectivo. Iriam dizer que valia a pena sonhar, que valia a pena acreditar nas próprias capacidades e trabalhar nelas.

A delegação técnica e administrativa mais antiga contribuíra para levar um clube modesto desde os confins da 4ª divisão brasileira até ao almejado Brasileirão em apenas 4 anos. A mais recente assumira crédito na estabilização da equipa entre a elite brasileira. Os jogadores, muitos deles, eram os responsáveis por um trajecto começado na qualificação e terminado uma competição continental até à final da mesma.

Os jornalistas iriam testemunhar o culminar deste esforço e publicar páginas que ficariam perpetuadas na história. Familiares futuros guardariam religiosamente estas peças e mostrariam às gerações vindouras. “Olha aqui, o teu trisavô foi um grande homem!”, diriam.

Vão continuar a dizê-lo, claro. A obra fica com quem vai embora. Já ninguém vai apagar da história o apuramento do Chapecoense para a final da Copa Sudamericana, conseguido 6 anos depois da saída da 4ª divisão brasileira. Mas ninguém vai poder dizer que aquela equipa, outrora pequena, de Chapecó, se tinha agigantado e trazido para o Brasil uma taça continental.

Ninguém vai poder celebrar, na Arena Condá, tamanha conquista. Os 22600 lugares estarão vazios, silenciados por um avião que voava em direcção ao sonho, mas que se despenhou. Sentir-se-á um frio imenso trazido pelas saudades. Não só dos golos de Bruno Rangel, da capacidade de passe de Cléber Santana, da autoridade do centralão William Thiago, das fantásticas exibições do goleiro Danilo ou das incursões vertiginosas do menino Dener, mas da humanidade que lhes assistia.

Hoje, o futebol tem fumos negros na “camisola”.

Foto de capa: Chapecoense

Pedro Machado
Pedro Machado
Enquanto a França se sagrava campeã do mundo de futebol em casa, o pequeno Pedro já devorava as letras dos jornais desportivos nacionais, começando a nascer dentro dele duas paixões, o futebol e a escrita, que ainda não cessaram de crescer.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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