Manchester United 2-0 Chelsea FC: À terceira foi de vez

Cabeçalho Liga Inglesa

Em dia de Páscoa, o Old Trafford recebeu um clássico do futebol inglês que desperta grandes emoções nos adeptos ingleses e não só: Manchester United e Chelsea tinham encontro marcado para as 16h. Este encontro seria especial para o português José Mourinho, devido ao seu passado nos Blues, que contou com duas passagens no comando técnico da equipa londrina e alguns troféus conquistados, embora a última passagem tenha terminado de forma inglória e envolta de alguma polémica. Desde o início da presente temporada, em que aceitou o desafio de tentar levar de novo o United aos seus tempos de glória com Sir Alex Ferguson, Mourinho já se cruzou com a sua antiga equipa por duas ocasiões (Premier League e FA Cup) e saiu derrotado em ambos os confrontos.

Esta seria a derradeira oportunidade para o português bater os seus anteriores pupilos e provar que os Red Devils ainda estão vivos na luta pela qualificação para a Liga dos Campeões da próxima época. Quanto ao Chelsea de Antonio Conte, caso vencesse a partida de hoje daria um passo gigante rumo à recuperação do título de campeão, perdido na época passada para o surpreendente Leicester.

Após disputar, durante a semana, a partida frente ao Anderlecht para a Liga Europa, o treinador português decidiu surpreender e deixou no banco de suplentes Ibrahimovic e Mkhitaryan, que têm tido prestações bastante positivas nos últimos jogos. O treinador italiano do Chelsea apostou praticamente no mesmo 11 que bateu o Bournemouth na jornada anterior por 1-3, à exceção do guardião Begovic que substituiu o lesionado Courtois e de Zouma por troca com Alonso.

Com um espetacular ambiente criado pelos adeptos presentes nas bancadas, o encontro entre os dois rivais começou a um ritmo lento e sem o aparecimento de remates com perigo para os guarda-redes. Mas seria logo aos 7’ que a equipa da casa se adiantaria no marcador: Rashford isolado por um grande passe de Ander Herrera bateu um desamparado Begovic. O 1-0 fez soltar a festa dos adeptos da antiga equipa de Giggs, Beckham, Cristiano Ronaldo, entre outros. O golo madrugador do jovem ponta-de-lança inglês tranquilizou o United, o que permitiu fazer uma boa circulação da bola pelos elementos vestidos de vermelho e estagnar por completo uma possível reação imediata azul ao tento tão cedo sofrido. Passados os quinze minutos iniciais, o Chelsea quase não tinha conseguido criar uma ocasião digna de registo, fazendo com os homens mais adiantados (Pedro Rodriguez, Hazard e Diego Costa) tivessem de recuar no terreno para vir buscar jogo e conduzir a bola até à área adversária.

Aos 17´, Young podia ter feito o 2-0, mas o seu remate-cruzamento não levou a direção desejada. O Chelsea tentava fazer o seu primeiro remate no jogo, mas ora por falha do último passe ou por atenção dos médios do Manchester a intercetar eficazmente os ataques adversários, a equipa líder da Premier League ainda não tinha posto à prova David de Gea.

Aos 28’, Young tentou de novo visar a baliza de Begovic, contudo a sua tentativa não constitui perigo para o titular na baliza dos Blues. Até aos 30’, apesar de estar 1-0 no marcador, o jogo ainda não tinha suscitado grandes motivos de interesse para o público, uma vez que o jogo se concentrou maioritariamente no meio-campo, com a maior preocupação dos jogadores a ser não cometer erros que pudessem comprometer a sua respetiva equipa, daí não terem surgido excelentes oportunidades para aparecerem mais golos. Apesar disso, o conjunto caseiro parecia estar mais confortável no jogo, não só pela vantagem obtida mas também por estar a conseguir manter longe da sua zona defensiva o trio atacante do Chelsea., o que possibilitava gerir tranquilamente o rumo dos acontecimentos.

Gary Cahill aos 41’ quase fez autogolo, ao tentar cortar um cruzamento de Rashford, mas a bola passou por cima da sua baliza. Até ao apito de Robert Madley, pouco mais de ação houve para acrescentar ao jogo, a não ser o primeiro da equipa visitante feito por Diego Costa aos 45+1’, e o árbitro apitaria pouco tempo depois para o fim da 1.ª parte. O intervalo chegava com 1-0 no marcador a favor do Manchester United, que sem fazer uma exibição espetacular, mostrou ser a equipa mais segura e controladora e ia justificando a vantagem mínima alcançada no início do jogo. O Chelsea precisaria de mostrar mais e melhor, caso quisesse fazer o pleno de vitórias frente aos Red Devils.

Festejos do primeiro golo dos Red Devils Fonte: GettyImages
Festejos do primeiro golo dos Red Devils
Fonte: GettyImages

Nenhum dos treinadores fez qualquer alteração tática, e a 2.ª parte começou com os mesmos 22 jogadores de campo. Seria interessante perceber se o Manchester conseguiria manter ou aumentar a sua vantagem ou se o Chelsea teria uma prestação melhor do que a demonstrada nos primeiros 45’. Como se observou na 1.ª parte, o United voltou a marcar logo no começo da 2.ª parte: após assistir no primeiro golo, Ander Herrera aos 49’ rematou para o 2-0, com ajuda de alguns ressaltos dos defesas do Chelsea. O segundo golo iria obrigar o Chelsea a ter de correr atrás do prejuízo, com vista a manter uma boa vantagem pontual para o 2.º classificado, o Tottenham. Aos 51’, Lingard podia ter dilatado a vantagem, mas sua intenção passou longe da baliza de Begovic.

Para tentar ter mais posse de bola, Conte fez entrar Fàbregas para o lugar de Moses, naquela que foi a primeira substituição do jogo. Os minutos seguintes ao golo de Herrera trouxeram uma grande estabilidade ao jogo da equipa de Mourinho que, apesar de ter entregue o controlo do jogo ao seu adversário, conseguiu continuar a manter o trio atacante formado Hazard, Costa e Rodriguez a seco e longe de David de Gea. Com o objetivo de continuar a controlar as tentativas de ataque dos Blues, o experiente Carrick foi lançado para render Lingard. Aos 60’, Rashford quase bisou no encontro, embora o seu remate tenha ido parar às malhas laterais. Quatro minutos depois, Pedro Rodriguez fez o terceiro remate para a sua equipa, mas a bola voltava a passar longe da baliza. Willian seria posto em campo pelo treinador italiano aos 66’ para serem criadas mais oportunidades de golo, mas quem teve perto de matar a partida foi novamente Rashford que, após uma boa jogada individual, rematou já dentro de área para uma defesa segura de Begovic.

À entrada dos últimos 15’, o Chelsea continuava sem conseguir levar perigo à baliza do Manchester United, muito por culpa da grande cooperação dos pupilos de José Mourinho que, a partir deste momento, defendiam todos juntos, até mesmo os jogadores mais avançados no terreno. Mesmo assumindo uma postura mais defensiva nos últimos minutos do jogo, o United não deixava de aproveitar as oportunidades para partir rapidamente para o contra-ataque, através da velocidade de Ashley Young e Marcus Rashford. Aos 83’, houve uma substituição para ambos os conjuntos: Ibrahimovic entrou para substituir Rashford, com o intuito de segurar a bola na frente de ataque, ao passo que Conte tirou Zouma e colocou Loftus-Cheek para ter mais membros na zona ofensiva.

O relógio ia-se aproximando rapidamente para o final da partida, e era impressionante verificar que o líder da Premier League tinha sido incapaz de criar um boa jogada ofensiva ao longo do jogo, o que é um facto importante de ser referido dado que o Chelsea tem impressionado a crítica pelas boas exibições realizadas nas jornadas anteriores. Após 4’ de compensação, o juiz da partida dava por terminado o clássico entre Manchester United e Chelsea. O 2-0 final no marcador simbolizava a primeira vitória de Mourinho e mantém intactas as aspirações dos Red Devils em se qualificar para a Liga dos Campeões. Quanto o Chelsea, precisa rapidamente de esquecer a partida de hoje e concentrar-se rapidamente em manter a sua vantagem de 4 pontos para o Tottenham.

Foto de capa: GettyImages

Sabe Mais!

Sabe mais sobre o nosso projeto e segue-nos no Whatsapp!

O Bola na Rede é um órgão de comunicação social de Desporto, vencedor do prémio CNID de 2023 para melhor jornal online do ano. Nasceu há mais de uma década, na Escola Superior de Comunicação Social. Desde então, procura ser uma referência na área do jornalismo desportivo e de dar a melhor informação e opinião sobre desporto nacional e internacional. Queremos também fazer cobertura de jogos e eventos desportivos em Portugal continental, Açores e Madeira.

Podes saber tudo sobre a atualidade desportiva com os nossos artigos de Atualidade e não te esqueças de subscrever as notificações! Além destes conteúdos, avançámos também com introdução da área multimídia BOLA NA REDE TV, no Youtube, e de podcasts. Além destes diretos, temos também muita informação através das nossas redes sociais e outros tipos de conteúdo:

  • Entrevistas BnR - Entrevistas às mais variadas personalidades do Desporto.
  • Futebol - Artigos de opinião sobre Futebol.
  • Modalidades - Artigos de opinião sobre Modalidades.
  • Tribuna VIP - Artigos de opinião especializados escritos por treinadores de futebol e comentadores de desporto.

Se quiseres saber mais sobre o projeto, dar uma sugestão ou até enviar a tua candidatura, envia-nos um e-mail para [email protected]. Desta forma, a bola está do teu lado e nós contamos contigo!

Guilherme Costa
Guilherme Costahttp://www.bolanarede.pt
O Guilherme é licenciado em Gestão. É um amante de qualquer modalidade desportiva, embora seja o futebol que o faz vibrar mais intensamente. Gosta bastante de rir e de fazer rir as pessoas que o rodeiam, daí acompanhar com bastante regularidade tudo o que envolve o humor.                                                                                                                                                 O Guilherme escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

PSG define preço para deixar sair Gianluigi Donnarumma no mercado de verão

O PSG não fecha a porta a uma saída de Gianluigi Donnarumma. A equipa francesa quer receber 40 milhões de euros pelo italiano.

Wolverhampton revela situação de Nélson Semedo e confirma saídas de Carlos Forbs e Pablo Sarabia

O Wolverhampton confirmou esta sexta-feira que Carlos Forbs e Pablo Sarabia não vão continuar no plantel da próxima temporada.

Jorginho confirmado como reforço do Flamengo

Jorginho foi oficializado esta sexta-feira como reforço do Flamengo. O jogador assinou um contrato válido até 2028.

Rui Costa arrasado: «Frederico Varandas sabe-o bem e está-se a rir»

Rui Costa foi muito criticado por Bruno Costa Carvalho, antigo candidato à presidência do Benfica.

PUB

Mais Artigos Populares

Revelado o calendário completo da Serie A 2025/26

Já é conhecido o calendário completo da Serie A para a época 2025/26. O campeonato arranca a 24 de agosto de 2025.

Inter Milão pretende empréstimo de jogador do Manchester United

O Inter Milão está em busca de um acordo por Rasmus Hojlund. o avançado pertence aos quadros do Manchester United.

Liga Portugal apresenta Bola Oficial para a época 2025/26

A Liga Portugal já apresentou a bola oficial para a temporada 2025/26, com o patrocínio da Puma.