Não era esperado um jogo fácil o desta 33.ª jornada, na qual o Benfica se deslocou ao Estádio dos Arcos para defrontar o Rio Ave e não o foi de facto. Os vilacondenses vinham de duas vitórias consecutivas, confiantes e com ambições de chegar à sexta posição da Liga NOS e ter um lugar na Europa e deram muita luta mas os encarnados estão em primeiro lugar há muito tempo e vieram mostrar que de lá não pretendiam sair.
Rui Vitória com o plantel todo à disposição, não optou pelo seu onze habitual, tendo as novidades ocorrido na dinâmica do ataque, com Rafa e Jiménez.
Logo desde início que se mostrou um jogo aguerrido de parte a parte. Ao minuto e meio, uma bola parada para o Rio Ave gerou alguma confusão na grande área do Benfica mas Pizzi consegue cortar. A resposta veio logo de seguida com um cruzamento de Rafa a que Jonas não chega por pouco. O mesmo Jonas, aos treze minutos protagonizou a melhor jogada para golo da primeira parte, muito bem construída por Grimaldo e Cervi. Ao primeiro quarto de hora, o jogo estava equilibrado.
O Benfica foi tentando o golo tanto por Rafa, como por Cervi e Jonas mas com pouca agressividade e sem grande perigo para a baliza de Cácio, mérito também para a equipa do Rio Ave que foi conseguindo conter as investidas dos encarnados, desempenhando bem o seu papel defensivo. De qualquer forma o Benfica foi superior, sendo que perto do intervalo o Rio Ave voltou a construir jogo e causar algum perigo. Destaque a meu ver para o meio campo do Rio Ave, Petrovic, Krovinovic e Tarantino este tridente desequilibrou e criou muito perigo. O intervalo chegou com o jogo a zeros.
Para os segundos 45 minutos as equipas apresentaram-se sem alterações mas com o Benfica a pressionar e a ganhar mais bolas a meio campo.
Aos 57 minutos do lado do Rio Ave saiu o Gil Dias para a entrada de Rúben Ribeiro, substituição que alterou o caudal do jogo. Pouco depois surge a que para mim foi a primeira verdadeira oportunidade de golo pelos pés de Hélder. O Benfica foi dando espaços que o Rio Ave aproveitou e foi conseguindo subir no terreno por algumas vezes.
Nélson Semedo fez um excelente trabalho no corredor direito a combinar com Cervi principalmente, e que grande jogo fez o argentino também. Aos 69 minutos dá-se a entrada de Salvio por Rafa, para desequilibrar e mexer mais com o jogo e acabou mesmo por fazê-lo com a assistência para o golo.
Aos 70 minutos, o Rio Ave faz uma troca no ataque e mete Gonçalo Paciência, sacrificando Guedes. A equipa estava a conseguir fazer frente ao líder e pressionava também mas o Benfica mostrou que foi ali para ganhar e começa a jogada do golo num toque genial de Jonas, sempre Jonas, que passa para Sálvio, este arranca e serve Jiménez que na cara do golo, concretiza aos 75 minutos. Em Março disse aqui que o mexicano ainda seria a arma secreta do Benfica e estava ou não estava certa?!
Perante este cenário, o treinador do Benfica queria segurar o resultado e o seu opositor ir à procura dele, fazendo alterações como a saída de Tarantini por Traore e do lado da Luz, Samaris entrou para substituir Jonas mas ainda houve tempo para uma grande chance de empate ao minuto 86, com uma bola direita ao poste de Ederson e que ficou pertinho do golo. A partir daí foi segurar por completo o resultado com a habitual entrada de Filipe Augusto e saída de Pizzi mas diga-se que foi um grande jogo de futebol marcado pelo perigo constante e grande equilíbrio tático.
Assim, o empate do Porto frente ao Marítimo foi mais um deslize que o Benfica soube tirar partido para mais um passo de gigante na luta pelo tetracampeonato. Faltam duas finais e com esta vitória, a próxima pode ser decisiva. Carrega Benfica!
Foto de Capa: SL Benfica