FC Barcelona: Reforços que não renderam

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Esta época houve novo rei em Espanha – o Real Madrid CF. Após dois anos a vencer consecutivamente o campeonato, o Barcelona viu-se obrigado a ceder o seu lugar no trono do futebol espanhol ao seu maior rival histórico.

Sabido é que os merengues sempre foram uma equipa bastante forte e correm em todas épocas o “risco” de serem campeões. No entanto, tal não acontecia desde 2011/2012, quando ainda era Mourinho o treinador…. Será que o Real Madrid melhorou assim tanto para destronar o Barcelona na luta pelo título, ou terá havido também algum demérito dos catalães no decorrer da temporada? A equipa esteve, como foi facilmente percetível em várias fases do campeonato, alguns pontos abaixo do que era esperado, e isso também foi notório na preparação da época.

O ataque ao mercado no verão passado não foi tão feroz como em outros tempos e isso terá se refletido na época que depois se iniciou. Os maiores nomes que nesta época ingressaram no plantel de Luis Enrique foram os do português André Gomes, Paco Alcácer e Umtiti, mas será que as suas exibições durante a temporada corresponderam às expetativas que se criaram ainda na pré-época? Terá isso tido impacto no fracasso do Barcelona de 2016/2017? Cabe-me a mim analisá-lo.

Como já referi, André Gomes, Paco Alcácer e Samuel Umtiti foram os jogadores que mais furor nos adeptos criaram ao assinar pelo clube do Camp Nou. Apesar disso, esse furor foi-se desvanecendo à medida que as exibições destes e de outras contratações, como Lucas Digne e Denis Suárez, iam mostrando alguma inadaptação ao estilo de jogo do clube por parte destes e até alguma suposta falta de qualidade para envergar a camisola de um dos melhores clubes do Mundo.

Luis Enrique não apostou forte na janela de transferências e abandonou o clube no final da época Fonte: FC Barcelona
Luis Enrique não apostou forte na janela de transferências e abandonou o clube no final da época
Fonte: FC Barcelona

Alvo de muitas críticas ao longo de toda a época, André Gomes vinha de uma temporada na qual esteve razoavelmente bem a meu ver. Uma época mediana no Valencia e um desempenho igualmente satisfatório no Campeonato da Europa fizeram despertar os alarmes dos olheiros do Barça.

Confesso que a mim me surpreendeu esta ida de Gomes para o clube catalão, mas decidiu que daria o benefício da dúvida ao jogador e esperaria para ver… Assim foi, e a época não correu de feição ao campeão europeu por Portugal. As críticas iam surgindo com bastante frequência, quer ao seu estilo de jogo, bastante apático e lento, quer a algumas debilidades técnicas que ia demonstrando, e com razão.O médio continuou, como em outras épocas, a praticar um futebol muito pausado que fazia com que o jogo “morresse” nos seus pés, quando havia a necessidade de transições ofensivas rápidas para a bola chegar aos avançados da equipa.

Samuel Umtiti também foi chamado a intervir várias vezes no decorrer da época. Num clube habituado a grandes centrais como Puyol, Piqué, ou mesmo Mascherano, quando um central cai quase do nada no centro da defesa dificilmente se consegue afirmar de imediato. O mesmo aconteceu com o ex-Lyon, que apesar de muito sólido na sua anterior equipa, chegou a uma onde fazia parte do seu processo ofensivo e não apenas do defensivo. Não se adaptou da melhor forma possível e vacilou por algumas vezes.

Quanto a Paco Alcácer, já se adivinha que a sua tarefa não fosse nada fácil. Com a concorrência daquele que talvez seja o melhor avançado da atualidade, não teve o espaço que desejava na equipa principal, mas quando foi chamado a intervir, muitas vezes em situações em que a equipa precisava desesperadamente de um golo, também nunca mostrou estar à altura do desafio. No campeonato fez seis golos em 21 jogos, o que para um avançado do Barcelona nunca é suficiente.

Os restantes nunca tiveram oportunidade de mostrar o seu verdadeiro valor ao mais alto nível, mas contribuíram para que as alternativas que Luis Enrique encontrava no banco não fossem no decorrer da época as melhores…

Aconselha-se por isso, ao Barcelona, agora de Ernesto Valverde, que aposte mais e, principalmente, melhor, no próximo defeso, de maneira a que possa voltar a erguer o troféu da La Liga.

Foto de Capa: FC Barcelona

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Nuno Couto
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Nascido no seio de uma família portista, o Nuno não podia deixar de seguir o legado e faz questão de ser um membro ativo na ação de apoiar o seu clube, sendo presença habitual no Estádio do Dragão, inserido na claque Super Dragões. Para ele, o futebol é quase uma terapia, visto que quando está a assistir a algum jogo se esquece de todos as preocupações. Foi futebolista federado, mas acabou por entender que o seu papel era fora das quatro linhas, e também para seguir os estudos em Novas Tecnologias da Comunicação.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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