Dembélé, a peça que faltava?

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    Dembélé chega para ser titular, isso é um dado mais do que adquirido. Não vem acrescentar, vem sim atenuar a perda do extraordinário jogador que Neymar se tornou. Tão extraordinário ao ponto de abandonar o projeto blaugrana. De ser o “próximo Messi”. Neymar, ambicioso, após um percurso brilhante no Barcelona, deixou bem claro que não quer ser o próximo Messi, mas sim o primeiro Neymar Jr.

    E para substituir alguém tão bom, ou se gasta uma pipa de massa num main role player aí de um tubarão europeu qualquer, ou se aposta numa grande promessa mundial. O Barça fez as duas coisas , e já que o Liverpool não liberou Coutinho de jeito nenhum, já que era para gastar, o alvo mudou, mas o montante envolvido não. 145 milhões de euros. Ainda há pouco tenho tínhamos a discussão do valor pago pelo Real Madrid por Bale, depois, nada disso interessava, pois o United desembolsou cento e pouco por Pogba, e, de repente, a parada sobe dos cento e tal para os 222 milhões de euros! E isto não vai parar por aqui, pois agora não se espera até o jogador estar “feito”, mas corre-se pela sua aquisição antes de se ter ainda afirmado por completo!

     

    Entendia-se muito bem com Aubameyang, uma excelente parceria Footmercato.net
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    Dembélé é um excelente jogador, com uma invejável margem de progressão, gosto muito da sua forma de jogar, tem um timing perfeito, executa passes, dribles, fintas de corpo com tremenda pertinência, e só tem 20 anos de idade. Mas, como é natural, falta-lhe maturidade. Essa lacuna ganha realce sobretudo quando a sua equipa está a perder. Por exemplo, recordo-me perfeitamente do Borussia Dortmund x Monaco, em que, embora tenha marcado, quis ser a chave, quis fazer tudo sozinho em muitas ocasiões, quis desembaraçar-se, ultrapassar todos os oponentes e só depois passar ou finalizar. Se não fosse tão bom no drible, teria perdido a bola muitas mais vezes do que as que perdeu, mas mesmo assim poderia, e deveria, ter decidido melhor em alguns lances, e não arriscar levar a bola sozinho, pelo menos todas as vezes que a tem à entrada da área adversária…

    Como é sabido, maturidade ganha-se com a experiência, e deverão haver poucas experiências como jogar no Barcelona. Um Barcelona que se quer renovado. Agora sim, chegou o momento de dizer que o Barcelona bicho papão se foi, agora é uma equipa não tão temível como há bem pouco tempo… Ainda me lembro de ver jogos para a Liga dos Campeões, logo no início desta década, e pensar enquanto assistia: “Fo%$-se, estes gajos mandam nisto tudo, ninguém lhes tira a bola, e se tirar não fazem nada com ela, têm o Messi que se for preciso finta tudo e marca; têm o Xavi, Iniesta e Busquets que limpam tudo naquele meio campo; Jordi Alba e Dani Alves, basicamente, sempre no meio campo contrário; Piqué e Puyol, o último que foi um dos melhores centrais que vi jogar, sem dúvida mesmo; e por fim, Victor Valdés, um guarda redes ímpar, para mim era o guarda redes ideal para aquela equipa, e por isso fiquei um pouco atrofiado quando veio o Claudio Bravo (não está em causa, de forma alguma, a sua qualidade futebolística), apenas pelo facto de o nome “Victor Valdés” já não aparecer no sistema tático do Barça.

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    Pedro Machado
    Pedro Machado
    Enquanto a França se sagrava campeã do mundo de futebol em casa, o pequeno Pedro já devorava as letras dos jornais desportivos nacionais, começando a nascer dentro dele duas paixões, o futebol e a escrita, que ainda não cessaram de crescer.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.