Roger Machado será o novo treinador do Palmeiras em 2018. O anúncio da contratação do treinador não surpreende. Considerado um treinador da nova geração, Roger é visto como um profissional que possui filosofias de jogo modernas. O Palmeiras – como qualquer outro clube brasileiro – não tinha muitas opções livres no mercado. Abel Braga – atualmente no Fluminense – era um nome cotado para assumir a equipe mas as partes envolvidas não concluíram as negociações.
O que assusta na verdade é que o Abel Braga e o Roger Machado são treinadores totalmente diferentes na questão de filosofia de jogo. Isso é algo preocupante pois demonstra que a direção palmeirense não se importa com o estilo de jogo da equipe na próxima temporada e sim a preocupação era apenas encontrar um treinador. Não estou aqui para dizer quem seria o melhor treinador para o clube na próxima temporada. Tanto o “Abelão” quanto o Roger possuem qualidades interessantes.
Analisando de uma maneira geral a contratação do Roger Machado foi acertada. No Grêmio o Roger fez um bom trabalho. Tanto é que o atual técnico gremista, Renato Gaúcho, absorveu muitas coisas do trabalho do seu antecessor e aos poucos foi colocando a sua filosofia. Se aproveitou do trabalho do Roger é porque tinha coisa boa. Nessa temporada o treinador foi para o Galo com grande expectativa de fazer um bom trabalho, mas foi mal e junto com a diretoria alvinegra não soube formar o elenco. Embora tenha conquistado o estadual e ter feito a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores.
Apesar do elenco do Atlético ser recheado de estrelas – assim como é o do Palmeiras – o elenco que o Roger pegará em 2018 é muito mais heterogêneo e bem distribuído nas posições. Além de poder contar com um poderio financeiro que nenhum outro clube brasileiro possui. O lateral esquerdo Diogo Barbosa – que está no Cruzeiro – já está contratado para a próxima temporada e especula-se que o meia Lucas Lima, do Santos, está próximo de acertar com o alviverde.
Roger Machado terá todas as condições de demonstrar o seu trabalho. Conhecimento sobre futebol ele tem. O treinador gosta que sua equipe fique com a bola e que seus jogadores joguem com aproximação, sempre com três jogadores próximos da bola durante a transição ofensiva. Qualidade para fazer isso ele encontrará no elenco. Cabe ver se conseguirá administrar um elenco tão badalado como o do Palmeiras. Conseguir fazer jogadores importantes do elenco – como o Borja, Guerra e Roger Guedes – a voltarem as suas melhores formas técnicas também será um desafio. O Palmeiras apostou certo, agora cabe a direção dar tempo ao treinador e acreditar que a sua aposta dará resultado.
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