Bancadas bem compostas mas sem lotação esgotada num princípio de noite frio em Paços de Ferreira, para receber uma equipa pacense que vinha de uma pesada derrota em Chaves, mas com três vitórias nos últimos três jogos caseiros para o campeonato. Já os leões haviam ganho durante a semana para a Liga dos Campeões frente ao Olympiakos, mas que tentavam voltar aos triunfos para o campeonato depois do empate caseiro frente ao Sporting de Braga.
Início forte do Paços, forte na recuperação da bola e a apostar em ataques rápidos, com os dois homens da frente (Mabil e Welthon) em maior destaque. O segundo criou mesmo a primeira oportunidade da partida, com um remate já dentro da grande área para defesa de Rui Patrício. Rapidamente respondeu o Sporting com um remate de Gelson, em excelente posição, a sair ao lado. A primeira grande ocasião da partida pertenceu a Bas Dost, que após um corte falhado de Miguel Vieira, viu a bola cair-lhe nos pés só com Mário Felgueiras pela frente, mas permitiu a defesa ao guarda-redes dos “castores”. Com o crescimento dos forasteiros no jogo, veio o golo. Canto do lado direito, confusão na área e Battaglia a cabecear dentro da pequena área para dar a vantagem no jogo aos leões à passagem do minuto vinte.
O jogo mantinha-se intenso, com o Sporting a criar problemas ao Paços usando a rapidez dos seus extremos, principalmente Gelson Martins, enquanto que os pacenses davam dores de cabeça ao último reduto leonino através das investidas de Mabil e Welthon. Disputada, nem sempre bem jogada, a partida chegou ao intervalo depois de um primeiro tempo em que ambos os conjuntos procuraram o golo. Porém, só o argentino Rodrigo Battaglia encontrou o caminho certo para a baliza.
A segunda-parte começou comum remate do lateral Bruno Santos, encaixado por Rui Patrício, mas tirando essa exceção, os primeiros quinze minutos tiveram menos ação, com um maior controlo da posse de bola por parte do Sporting. A entrada de Bruno Moreira voltou a trazer maior objetividade ao ataque pacense, com Mabil e Xavier bem abertos nas alas e Bruno Moreira a juntar-se a Welthon na frente. Ainda assim, foi Bruno Fernandes, com um remate espontâneo a acertar no poste da baliza de Mário Felgueiras, que na recarga fez bem a mancha ao jovem médio português. Mais uma vez e como o jogo era de parada e resposta, o Paços enviou a bola aos ferros da baliza leonina, pelo inevitável Mabil, na sequência de um pontapé de canto. Apesar do crescimento da equipa de Petit no jogo, foi o Sporting a voltar a marcar, por intermédio de Gelson Martins. Fábio Coentrão trabalhou bem na esquerda, cruzou rasteiro para o extremo formado em Alcochete. Gelson tirou João Góis da frente e atirou a contar, sem hipóteses para Mário Felgueiras. O Sporting respirava melhor e via a vitória mais perto.
Em cima dos noventa, o Paços voltou ao jogo, quando Marco Baixinho reduziu para 1-2, na recarga a um cabeceamento defendido por Rui Patrício, fruto de mais um canto perigoso dos castores. Apesar do susto, a equipa do Sporting não voltou a sofrer sobressaltos e saiu vitoriosa de um jogo difícil no Estádio Capital do Móvel, aproximando-se da liderança do campeonato. Já o Paços de Ferreira saiu sem pontos, mas deixou uma excelente imagem, disputando o jogo do primeiro ao último minuto.