Depois de ter analisado as prestações menos boas de ciclistas em 2017, é agora hora de olhar para os que me surpreenderam pela positiva, tanto a nível nacional como internacional.
2017 vai ser um ano que tão cedo não irá esquecer. Aquele que para mim é a revelação deste ano teve uma evolução muito boa em função dos resultados que obteve.
De ciclista apontado a top-10 em provas de três semanas,o holandês é hoje visto como um candidato a disputar a vitória numa grande volta, fruto da sua vitória no Giro de Itália.
Com um início de época dentro das expectativas, Dumoulin teve resultados razoavelmente bons no pré-giro, o holandês conquista um top-3 no Abu Dhabi Tour, fazendo 6º na geral na prova seguinte, o Tirreno-Adriático.
Dumoulin acabaria por participar ainda nos monumentos Milan – San Remo e Liege – Bastogne – Liege mas com exibições discretas.
O ponto alto de Tom Dumoulin na época de 2017 iria iniciar-se a 5 de Maio, com o início do Giro d´Itália.
Esta afirmação de Dumoulin diz muito daquilo que se passou no Giro de 2017. Com Quintana, Nibali Thomas, Zakarin e Pinot, poderia esperar-se no máximo que o holandês lutasse pelo pódio. E as coisas encaminham-se para isso. Com o 6º lugar na etapa do Etna, o 3º lugar na subida ao Blockhaus e a vitória no contra-relógio individual na primeira metade da prova, as prestações do holandês foram melhorando e começaram a dar nas vistas, tanto que os seus adversários começaram a pôr-se em sentido porque na etapa 14 Dumoulin consegue sacar uma importante vitória que cimentaria melhor a sua liderança alcançada desde o contra-relógio individual.
Mesmo com o contratempo vivido na 16ª etapa, (Dumoulin teve que sair da bicicleta directamente para fora da estrada devido a uma diarreia), e quase perdendo a liderança da prova, o holandês não deixou fugir a liderança e consegue mesmo a sua maior vitória na carreira contra todas as expectativas, até as do próprio.
O resto da época pró-Giro também foi produtivo, dentro da regularidade que apresentou no início de época, o holandês foi campeão holandês na especialidade de contra-relógio, 4º classificado na renomada Clásica Ciclista San Sebastian, venceu depois a BinckBank Tour, tudo resultados dentro do esperado antes de se apresentar nos campeonatos do mundo em Bergen na Noruega.
Aí, o holandês consegue ganhar duas medalhas de ouro quer no contra-relógio por equipas, quer no contra-relógio individual, nesta prova por exemplo ficou à frente de Chris Froome.