Não sei o que vos diga nem o que vos conte! Se, pese embora o mau início da temporada transata, o Chelsea foi afirmativamente expressivo e conquistou a Premier League com 93 pontos, esta época os blues correm sério risco de até não se apurarem para a Liga dos Campeões.
E, por falar na prova milionária, se na época transata o emblema londrino beneficiou, de certa forma, internamente, do facto de não competir nas competições europeias, esta época passou em segundo num grupo em que era favorito, com Atlético de Madrid, Roma e Qarabag e, nos ‘oitavos’, depois de uma 1ª mão em que fez grande jogo em casa contra o Barcelona, na segunda mão saiu vergado a uma derrota por 3-0 no Camp Nou.
2017/18 começou em agosto, igualmente com um desaire perante o Arsenal na Community Shield nas grandes penalidades e os blues voltaram a perder, meses depois, para os gunners nas meias-finais da Carabao Cup.
Agora, com 56 pontos, no quinto lugar, o Chelsea vê o sexto, Arsenal, longe, a 8 pontos, mas vê também o quarto, Tottenham, a cinco. Se, por esta altura, em 2016/17, a equipa de Antonio Conte defendia a liderança, agora luta por um lugar, ainda que seja no playoff, da próxima edição da Liga dos Campeões… E espera que o Arsenal não ganhe a Liga Europa, claro está….
Resta também a FA Cup, onde a formação comandada pelo treinador italiano defronta o Southampton nas meias-finais, mas, se a equipa não cumprir o mínimo no campeonato, uma hipotética conquista da Taça de Inglaterra será pouco ou mesmo nada significante.
Como bem se recorda o adepto atento do futebol, a forma de jogar de 2016/17 dos ‘blues’ e a mudança que se verificou a meio da época na abordagem tática ao jogo, para o tão propalado 3x5x2 deu frutos na plenitude para os campeões de Inglaterra. Contudo, como em tantos outros casos e exemplos, o que já não é novidade para os outros, pode acabar por se virar contra a própria equipa. É um pouco o que se constata neste Chelsea. Tem de se reinventar. E, provavelmente, já não será com Antonio Conte…
Foto de capa: Chelsea FC
Texto revisto por: Teresa Lopes