Já lá vão três jogos a vencer nos descontos. Feito histórico para o Benfica. Mas não se pense que isto é uma marca fácil de atingir. O Benfica é hoje, e depois de muito trabalho, uma equipa que se poupa à frente da baliza adversária durante os 90min, sabendo que os descontos apareceram. E é aí que deve marcar.
Existe já hoje um nome específico para pessoas que aderiram a esta febre dos descontos. Promoholics. Pessoas que , tal como os jogadores encarnados, se preparam semanas para quando chegar o momento da verdade, atacar os descontos como se mais nada existisse. Mas se no caso dessas pessoas, a poupança traz felicidade, no nosso caso deixar tudo para os descontos dá, entre outros, ataques cardíacos e desespero.
Não me querendo alongar muito sobre uma exibição que esteve perto de me fazer acreditar que a finalização é um conceito que nunca dominei e que significa precisamente o contrário daquilo que julgava, aproveito apenas para dizer ao nosso Benfica que por vezes o barato sai caro. E que muitas vezes esperamos pelos descontos mas, aquela garrafa de whisky que tanto queriamos para os dias pós clássico esgotou antes de lá chegar.
Para termos um Rafa poupadinho em frente à baliza precisamos de contratar com um Jonas esbanjador. Que nos faz muito mais felizes. A economia merece mais Jonas e menos Rafas, na hora do golo. E afinal de contas com tanta poupança ao longo dos mercados de transferência, onde se suplicou por contratações, esperar pelos descontos agora parece-me já um bocado de show-off. Olhem para nós tão poupadinhos.
De um benfiquista preocupado.