CD das Aves 2-1 Sporting CP: A equipa avense a fazer história

    A única novidade na equipa do Sporting Clube de Portugal, em relação às duas partidas anteriores, foi a titularidade de Stefan Ristovski no lugar do lesionado Cristiano Piccini.  Já na equipa avense, a única alteração em relação à equipa habitualmente utilizada por José Mota nos últimos jogos foi a troca de guarda redes, com Quim a saltar para o onze, relegando Adriano Facchini para o banco de suplentes. Havia expetativa para ver se Jorge Jesus voltava à fórmula com que tinha vencido vários jogos em abril, com Battaglia, Bryan Ruiz e Bruno Fernandes no meio campo, ou se continuava com a aposta no trio William – Battaglia – Bruno Fernandes, que não surtiu efeitos positivos contra Benfica e Marítimo. Jorge Jesus insistiu nesta última combinação.

    Os leões entraram melhor, tendo ganho logo dois pontapés de canto no primeiro minuto e meio da partida. O Aves respondeu pouco depois, com um remate de Nildo a testar a atenção de Rui Patrício. Aos dez minutos, Gelson Martins teve a primeira grande oportunidade do encontro, mas Quim fez bem a mancha e evitou que o internacional português do Sporting inaugurasse o marcador, após um passe telecomandado de Marcos Acuña. Aos catorze minutos, Gelson isolou-se novamente, após triangulação com Coates e Bruno Fernandes, mas Quim voltou a negar o golo. De sublinhar a muito boa subida do uruguaio no terreno, permitindo criar desequilíbrio na defesa avense. Nos primeiros quinze minutos, Gelson Martins teve o golo no pé por duas vezes, mas foi algo displicente na finalização e Quim esteve enorme na baliza adversária.

    Aos dezasseis minutos, o Desportivo das Aves adiantou-se no marcador. Após um belo ataque rápido, Nildo descobriu Braga, que ganhou espaço no flanco direito e cruzou para Alexandre Guedes finalizar ao segundo poste. O avançado formado nos verde e brancos bateu Rui Patrício e começou a desenhar-se surpresa no Jamor. O Sporting sentiu um pouco o golo sofrido e só voltou a ameaçar a baliza contrária aos 23 minutos, com mais um remate de Gelson Martins, mas muito ao lado.

    A equipa nortenha ficou bem resguardada no seu meio campo, criando muitas dificuldades ao ataque organizado do Sporting, assim que a bola passava a linha de meio campo. Os verde e brancos não conseguiam criar um fluxo de jogo suficientemente consistente para conseguir sufocar a equipa do Desportivo, que parecia estar bem confortável, remetida a um jogo defensivo, com um olho bem atento para possíveis contra ataques.

    À passagem da meia hora, Acuña e Battaglia tiveram mais duas oportunidades de visar a baliza de Quim. Contudo, Battaglia não acertou bem na bola e o remate de Acuña, no minuto seguinte, foi muito fraco. A resposta do Aves foi imediata, mas Braga rematou muito por cima, após conquistar algum espaço na entrada da grande área leonina.

    O golo de Montero não foi suficiente para o Sporting CP
    Fonte: Sporting CP

    No último quarto de hora, o Sporting não conseguiu criar boas chances de golo. Rodrigo, do Aves, e Bruno Fernandes, do Sporting, ainda tiveram bons remates no tempo de compensação, mas não fizeram balançar as redes. Adivinhava-se muito complicada a vida dos leões no segundo tempo.

    Para o regresso ao jogo, com uma desvantagem de um golo obtido no primeiro tempo, o timoneiro leonino retira do jogo William Carvalho e coloca o colombiano Fredy Montero para apoiar Bas Dost no ataque à baliza de Avense, recuando Bruno Fernandes no terreno.

    Como era expectável, a equipa verde e branca pegou desde logo na bola com o objetivo de “virar” o jogo. Numa segunda parte, com clara supremacia dos leões, foram várias as oportunidades para marcar, tendo sido Montero o primeiro a testar a atenção do “quarentão” Quim.

    Antes de Misic entrar para o lugar de Fábio Coentrão, houve ainda tempo para Bas Dost, Mathieu e Bruno Fernandes visarem a baliza do Aves, sem surtir o efeito desejado.

    No lado oposto, a equipa do norte do país num ataque rápido causou perigo na área dos leões, no entanto valeu o corte providencial de Seba Coates.

    Despois de uma asneira tremenda do extremo português Gelson Martins, o Aves dilatou a vantagem com Guedes a fazer o bis na partida, batendo o capitão leonino depois de ultrapassar Coates.

    Em resposta ao golo, o Sporting teve a melhor ocasião de golo até ao momento, com uma perdida inacreditável do goleador holandês Bas Dost, com a baliza completamente aberta remata com a bola a embater no travessão da baliza de Quim, a não dar a resposta desejada à jogada individual de Bruno Fernandes.

    Ao minuto 84, numa jogada meio atabalhoada, a bola sobra para Montero que com um remate à meia volta consegue reduzir a desvantagem. “Avioncito” sabe o que é marcar no Jamor.

    Durante a segunda parte, José Mota fez entrar Cláudio Falcão, Baldé e Jorge Felipe para os lugares de Braga, Amilton e Nildo Petrolina respetivamente.

    Antes do apito final do árbitro, os leões ainda acreditaram ser possível outro resultado nos noventa minutos. No entanto estava consumada a derrota dos leões, com a equipa de José Mota a fazer história conquistando a sua primeira Taça de Portugal.

    Foto de Capa: Carlos Silva

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    Ricardo Vaz
    Ricardo Vazhttp://www.bolanarede.pt
    Desde sempre que o desporto, e acima de tudo o futebol, representaram uma forma de vida a este jovem. Licenciado em desporto e fascinado pelo Sporting Clube de Portugal, considera uma mais valia poder aliar estas tuas paixões: a escrita e o Sporting.                                                                                                                                                 O Ricardo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.