Mundial 2018: Está aí o “mata-mata”

Drama, surpresas, VAR e um cartão amarelo que entra para a história.

É a frase que resume toda uma fase de grupos que, em semelhança com as fases dos dois últimos campeonatos do mundo, coloca fora de prova o campeão em título. Sim, a Alemanha, pela primeira vez na sua história, não se qualifica para a fase a eliminar, tendo ficando mesmo no último lugar do Grupo F.

De resto, não houve grandes surpresas em relação às equipas apuradas, mas assistimos a acontecimentos interessantes e curiosos como, por exemplo, a intervenção simultânea do VAR nos instantes finais dos jogos, da última jornada, de Portugal e Espanha, que resultou no empate de ambas as seleções, fixando os espanhóis no primeiro posto do Grupo B; já a equipa das quinas, com o segundo lugar obtido, foi remetida para “o lado” teoricamente mais complicado da competição. O momento mais dramático esteve no apuramento tirado a ferros por parte da Argentina, que, já perto do fim, acabou com a esperança nigeriana.

O último motivo de destaque para esta fase vai direitinho para o Grupo H, no qual a Colômbia se qualificou como primeira classificada e o Japão em segundo, que, mesmo com igualdade pontual com o Senegal, se manteve em prova pelo critério fair-play, pois viu menos dois amarelos do que os Leões de Teranga. Desta feita, o continente africano fica sem qualquer representação na próxima fase do Mundial da Rússia.

48 jogos realizados, metade das seleções em prova, podemos dizer que chegou a hora da verdade: quem perder regressa a casa, dando por terminado o sonho na Rússia.

Assim estão organizados os jogos dos oitavos-de-final
Fonte: FIFA

Do ponto de vista teórico, sobressaem dos jogos dos oitavos de final quatro seleções que, desde já, são favoritas a passarem à próxima fase. O Brasil, que vai defrontar o México e proporcionar uma renhida batalha latina, terá mais possibilidades de seguir em frente, tanto pelo confronto histórico entre ambas as seleções assim como pela supremacia a nível individual e coletivo. A Bélgica, que, provavelmente, será a seleção que menos dificuldades vai encontrar, pois vai jogar contra o adversário menos forte, o Japão. A Croácia, baseando no futebol apresentado nas três vitórias alcançadas na fase de grupo e contrapondo com alguma vulnerabilidade dinamarquesa, é expectável que vença a sua partida. E, por último, a Espanha, que até poderá ter a missão um pouco mais complicada visto que defrontará o anfitrião deste mundial e terá contra si o factor casa. Contudo, a Rússia tem menos valências do que a La Roja em todos os setores e é evidente alguma fragilidade defensiva, pelo que os espanhóis adquirem algum favoritismo neste confronto.

Restam quatro jogos que se adivinham bastante divididos e que são aguardados pelo mundo do Futebol com muito entusiasmo, pois estão reunidas as condições para se assistir a grandes espetáculos, que serão decididos no pormenor.

O jogo entre França e Argentina promete ser dos melhores da próxima ronda e é de desfecho imprevisível: a tendência da partida será o equilíbrio, mas podemos prever a ocorrência de alguns golos dada a forte componente técnica de todos os intervenientes.

A nossa seleção também vai ter um “osso duro de se roer” diante do Uruguai e espera-se um jogo aberto fruto da elevada qualidade ofensiva de ambos os conjuntos. Sendo duas seleções que gostam de jogar bastante na vertical, com ataques em profundidade, será interessante constatar quem é que optará por assumir o controlo da posse de bola, ou se vamos assistir a um jogo de parada e resposta.

Colômbia-Inglaterra será também um duelo 50/50, em que o apuramento para os quartos-de-final pode cair para qualquer lado. Do lado colombiano vamos assistir a um futebol predominantemente ofensivo e é importante destacar que a estrela da equipa, James Rodriguez, saiu lesionado no último jogo. Dos britânicos podemos esperar um estilo de jogo mais contido onde irá reinar o pragmatismo e eficácia, por isso é realmente difícil eleger um favorito para o jogo de terça.

Resta o Suécia-Suíça que, à proporção, será tão equilibrado como todos os outros. Sim, à proporção, pois comparando com as demais, estas seleções terão de ser consideradas inferiores , mas do seu confronto é complicado prever um resultado. Ambas deram provas de se bater bem contra os grandes – a Suécia mostrou bons indicadores contra a Alemanha e a Suíça contra o Brasil, por isso, podemos esperar uma partida equilibrada.

Foto de Capa: FIFA

Artigo revisto por: Ana Rita Cristóvão

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Gonçalo Miguel Santos
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Ainda era caracterizado com um diminutivo e sentado ao lado do seu pai, já vibrava com o futebol, entusiasmado e de olhos colados na televisão à espera dos golos. O menino cresceu e com o tamanho veio o gosto pela escrita e o seu sentido crítico.                                                                                                                                                 O Gonçalo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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