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Força da Tática: Nuno tinha a casa organizada, mas esta juventude…

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Antes da paragem para os compromissos das seleções, o Sporting CP recebia em casa o CD Feirense num confronto que se antecipava difícil. Os comandados de José Peseiro enfrentavam uma equipa organizada, solidária, que merece o lugar onde está na classificação.

Proponho olhar para este jogo, e tentar perceber o que levou o Sporting CP a chegar ao golo tão tarde:

  1. Organização Feirense

O CD Feirense pode não ter os melhores jogadores do campeonato, pode não ser a equipa mais apaixonante de ver jogar, mas é certamente (na minha opinião) a equipa mais organizada e competente em termos posicionais. Equipa compacta, consegue atingir o nível ótimo de compactação, algo que grande parte das equipas que procuram ser não consegue.

É um nível ótimo porque as distâncias – horizontais e verticais – entre os jogadores permitem manter os jogadores próximos uns dos outros e ao mesmo tempo controlar uma quantidade de terreno interessante.

Fonte: Sport TV

Na imagem em cima, a bola de André Pinto se chegar a Jefferson, a distância a que Tiago Silva está de Luís Machado, permite-lhe dar apoio ao colega quando este sair para pressionar o lateral leonino. Estas distâncias ótimas, transversais a todos os setores da equipa, permitiram à estrutura defensiva montada no Nuno Manta Santos ser muito estável frente ás tentativas do Sporting de penetrar.

Podemos também recorrer á imagem em cima, para ver como a proximidade entre os jogadores do CD Feirense tornam os passes para o interior da sua organização defensiva muito difíceis, uma vez que as linhas de passe são reduzidas e mesmo que a bola chegue ao destino, são vários os jogadores azuis que podem pressionar imediatamente esse recetor, pelas tais curtas distâncias.

Outro pormenor importante foi o facto de em grande parte do encontro, o CD Feirense ter tido o controlo do corredor central, com a sua defesa compacta. Isto forçou o Sporting a usar os corredores laterais, uma arma que na ausência de Dost, acaba por ser ineficiente. Este controlo do corredor central é consequência da forma como o CD Feirense controlou o espaço, o espaço certo.

Em resumo o CD Feirense acabou por cobrir pouco espaço, mas controlou muito mais.  Existem espaços que não interessam cobrir, é ocupar o espaço certo e não todo o espaço.

2. Sporting rebeldia

Para quebrar esta organização do CD Feirense, era importante ter a capacidade de ter um jogador (ou vários) com a capacidade de jogar sobre pressão. Ter bola e assumir o jogo em zonas mais altas no campo, onde o nível de pressão dos jogadores do CD Feirense era ainda maior.

A maioria dos jogadores do Sporting CP apresentaram-se particularmente inativos na evolução do jogo em posse, Acuña sempre muito distante de Battaglia.

Fonte: Liga Portugal

Faltou ao Sporting CP ter jogadores a ocuparem certas e determinadas áreas em organização ofensiva. Em especial dentro da estrutura defensiva do adversário, nos espaços entre e entrelinhas. Também faltou ao Sporting CP ter a capacidade de controlar e ditar o ritmo de jogo, em termos individuais e coletivos.

Coates e André Pinto tiveram algum espaço com bola na 1.ª fase de construção, mas falharam sempre em acertar qualquer era o melhor momento para avançar no campo e invadir o meio campo adversário, acabavam muitas vezes de o fazer em momentos onde a estrutura da equipa e a posição dos jogadores mais avançados não era ideal para dar sequência.

No fundo faltou ao Sporting CP ter a mesma qualidade em ocupar os espaços com bola que o CF Feirense teve sem bola.

3. Jovane

A entrada de Jovane, acabou por fazer o CD Feirense recuar e defender mais próximo da sua área. Ou seja, a tal distância entre jogadores que defini como ótima, deixou de a ser.

Os jogadores estavam próximos demais e não tinha a mesma capacidade de controlar o espaço. O acesso à bola e a capacidade de a pressionar também diminui e o Sporting CP acabou por chegar ao golo em resultado desse recuou e da entra de um jovem sem medo.

Fonte: Liga Portugal

Sem medo de invadir os espaços de se infiltrar em zonas onde a pressão dos adversários era grande, no fundo, sem medo de desarrumar a casa, algo que o Sporting CP sempre teve ao longo do jogo.

 

Foto de Capa: Liga Portugal

João Mateus
João Mateushttp://www.bolanarede.pt
A probabilidade de o Robben cortar sempre para a esquerda quando vinha para dentro é a mesma de ele estar sempre a pensar em Futebol. Com grandes sonhos na bagagem, está a concluir o Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial, pela Uni-Nova e procura partilhar a forma como vê o jogo com todos os que partilham a sua paixão.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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