O caminho percorrido é geralmente no mesmo sentido e desde cedo despertam o interesse de múltiplas partes. É assim o início da história da maior parte das promessas portuguesas nos dias de hoje. Assumem o seu espaço debaixo dos holofotes ainda nas camadas jovens, acumulam presenças ao longo dos escalões da seleção nacional e não demoram a integrar os treinos da equipa principal e a sua convocatória.
O rácio entre população total e população com aptidão para a prática do desporto, e do futebol em particular, está ainda por explicar em Portugal. É deveras impressionante a quantidade de atletas selecionáveis a cada grande competição internacional e em cada estágio surgem caras novas. Mas então porque não vingam todos lá fora?
Certo é que o sucesso não é atingido por todos e devido aos mais diversos fatores, mas o que leva um jovem titular num grande português a atravessar desertos infinitos no estrangeiro? Pela qualidade não é, essa é inequívoca. Por exemplo, o AS Monaco FC, nos últimos tempos, contratou Bernardo Silva, Rony Lopes e falhou Bruno Xadas por detalhes clínicos. Portugueses, esquerdinos e pisam as mesmas zonas do terreno de jogo, com capacidades criativas. Coincidência ou há um padrão?
A questão, no meu entender, passa pela preparação pessoal. Uns estão mais preparados que outros para abraçar os maiores desafios em fases tão prematuras das suas carreiras. E os clubes formadores deviam estar mais atentos a esse aspecto.