Força da Tática: Andaluzia, A Song of Red and Green (Episódio 2)

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A época passada foi certamente uma das que mais alegrias deu aos adeptos do Betis. Não só pelo apuramento europeu, através do sexto lugar, mas principalmente por a equipa ter acabado a época na frente do Sevilha FC.

Ao comando dos Verdiblancos, continua Quique Setién. Um apaixonado pelo Xadrez, que assume só entender o jogo através da bola. O jogo de posse, dominando adversário através do controlo do corredor central, com a bola em permanente contacto com a relva, recusando a maltratar através do “chutão” para a frente, mesmo quando sobre pressão, são ideias sobre as quais o treinador espanhol não prescinde.

Este amor pelo futebol ofensivo, sempre a “brincar” com o risco, têm um custo. Esse cifrou-se em 61 golos sofridos na época passada, o mesmo número do Málaga que acabou o campeonato na última posição. Se olharmos para o valor nesta época, notamos uma diferença clara já que o Betis apenas sofreu quatro golos em seis jogos. Na minha opinião, isso deve-se ao tempo que Quique Setién teve para trabalhar, nesta pré-época, o sistema 3-4-2-1 que implementou em janeiro quando Bartra chegou ao Benito Villamarín. Mudança que mudou a época dos Verdiblancos, já que antes da chegada de Bartra (e da implementação do 3-4-2-1) ocupavam a 13ª posição com 44 golos sofridos em 21 jogos, ou seja, mais de dois golos sofridos por jogo.

A paixão encontrou a sua ordem

Iniciar a construção desde trás, através dos defesas e do guarda-redes, mesmo sobre pressão e independentemente do adversário, triangulações rápidas, um coletivo sem problemas em assumir o risco. Risco apresenta-se como sendo um ingrediente essencial para Setién, mas havia a necessidade de tornar a equipa mais sólida defensivamente para materializar esse futebol em resultados.

A transferência do 4-3-3 para o 3-5-2 (3-4-2-1) foi essencial para alcançar essa solidez defensiva. Principalmente pelo aumento da solidez defensiva no corredor central, com a colocação de um homem extra. Permite, como vemos em baixo, a saída de um elemento da linha defensiva para pressionar o portador da bola forçando-o a jogar para zonas laterais, sem comprometer a estabilidade do corredor central. Os dois alas laterais, garantem a cobertura dos espaços entre corredores.

Fonte: La Liga

Se compararmos esta imagem com outra, da jornada nº12 da época passada, onde o Betis ainda jogava em 4-3-3, as diferenças são notórias no que diz respeito à solidez defensiva e ocupação do corredor central.

Fonte: La Liga

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João Mateus
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A probabilidade de o Robben cortar sempre para a esquerda quando vinha para dentro é a mesma de ele estar sempre a pensar em Futebol. Com grandes sonhos na bagagem, está a concluir o Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial, pela Uni-Nova e procura partilhar a forma como vê o jogo com todos os que partilham a sua paixão.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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