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Força da Tática: AC Milan 3–3 Liverpool FC, um jogo para contar aos netos (Episódio 1)

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Responde rápido: “Qual a final mais memorável, que viste, da Liga dos Campeões? “

Independentemente da resposta, apesar de não haver grandes dúvidas quanto a ela, é inegável que o dia 25 de Maio de 2005, ficará para sempre marcado, na história do futebol, como um dos mais inesquecíveis.

O Atatürk Olimpiyat Stadyumu, em Istambul, foi o palco do memorável encontro entre o Liverpool FC e o AC Milan. Com Rafael Benítez ao leme, os Reds chegavam à final como underdogs, já que tinham pela frente o poderoso Milan, comandado por Ancelotti.

A profecia de 8 de Dezembro de 2004

Poucos se lembram, ou até sabiam, mas o Liverpool teve a minutos de nem passar a Fase de Grupos dessa mesma edição da prova. No último jogo frente ao Olympiakos, em pleno Anfield, os Reds começaram a partida a perder, com isso não só tinham de vencer como era obrigatório marcar três golos para conseguir ultrapassar a equipa grega, na diferença de golos.

A forma como o conseguiram, apresentava-se como uma pequena profecia daquilo que ia acontecer em Maio. Aos 86 minutos, Gerrard fez isto:

E as célebres palavras de Andy Gray, jamais serão esquecidas: “oh ya beauty what a hit son

A Final

Equipas iniciais                                                             

Tenho de parar para respirar, quando acabo de escrever o onze inicial do AC Milan. A verdade é que não há havia comparação entre as duas equipas, como dificilmente existe entre esta equipa Rossoneri e qualquer outra na história do futebol europeu, assim facilmente se conclui qual era o sentimento antes do apito inicial: O caneco ia acabar em Itália. Afinal como é que os ingleses iam parar Kaká, Crespo, Pirlo e Shevchenko? Como iam ultrapassar Nesta, Maldini, Stam e Cafú?

Fonte: BT Sport

Abordagem Milan

No 4-3-1-2 do AC Milan o foco estava em atacar pelo corredor central, com a largura a ser dada pelos laterais, Cafú e Maldini, e por Crespo e Shevchenko no último terço, que compensavam a ausência de extremos, como movimentos de dentro para fora.

O famoso e brilhante diamante do Milan, composto por Pirlo, Gattuso, Seedorf e Kaká, prometia dar muitas dores de cabeça ao Liverpool. O que os Reds não esperavam era que com menos de um minuto de jogo, já estariam em desvantagem.

O golo de Paolo Maldini, deu início ao domínio italiano que só acabou no final do primeiro tempo. Nesses primeiros 45 minutos, Pirlo recuo para junto da linha defensiva, de forma a orquestrar o processo ofensivo da equipa. Geralmente com tempo e espaço em posse, maximizou ao máximo a sua qualidade de passe a média e longa distância, possibilitando ao Milan progredir com facilidade em direção à baliza de Dudek.

O alvo preferencial de Pirlo, foi Kaká. O brasileiro era absolutamente demolidor nos espaços entre a linha média e defensiva adversária, e foram precisamente essas zonas que ele procurou explorar frente ao Liverpool. Assim que recebia a bola a indicação era clara, rodar e avançar em direção à linha defensiva inglesa, de forma a forçar a que um dos elementos da defesa saísse a si, o que ia consequentemente abrir espaços para Crespo e Shevchenko atacarem o espaço nas costas da defesa.

Fonte: BT Sport

Esses movimentos de Crespo e Shevchenko, quando não eram induzidos via Kaká, eram realizados em resposta direta aos passes de Pirlo. Independentemente da “fonte de financiamento”, o objetivo era claro: atacar o espaço nas costas da linha defensiva.

Fonte: BT Sport

A nível defensivo, a força do Milan no corredor central prevaleceu e o Liverpool raramente conseguiu ligar jogadas e chegar até ao último terço, uma vez que a força das ligações entre as peças italianas eram superiores às inglesas. Por serem mais débeis, essas ligações entre os jogadores do Liverpool, permitiram ao Milan várias recuperações e interceções e foi a partir de uma delas, que nasceu o terceiro golo italiano. Um dos mais belos da competição, simplicidade brutal e um passe absurdo de Kaká.

Fonte: BT Sport

Apesar disso, o principal motivo para a inabilidade ofensiva do Liverpool, na primeira parte, foi outra. Ancelotti identificou Traoré, com sendo o jogador adversário mais fraco em posse, na lateral esquerda. Para capitalizar nessa fraqueza, deu indicações à equipa para pressionar o lateral direito (Finnan) o que forçava o Liverpool a rodar a bola, até esta chegar precisamente a Traoré, no corredor oposto.

Com Traoré em posse, o Liverpool não conseguia desenvolver os seus ataques da forma como pretendia, até porque muitos deles nem chegavam sequer à fase de desenvolvimento, tal era a inabilidade ofensiva do lateral esquerdo Red.

Fonte: BT Sport
João Mateus
João Mateushttp://www.bolanarede.pt
A probabilidade de o Robben cortar sempre para a esquerda quando vinha para dentro é a mesma de ele estar sempre a pensar em Futebol. Com grandes sonhos na bagagem, está a concluir o Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial, pela Uni-Nova e procura partilhar a forma como vê o jogo com todos os que partilham a sua paixão.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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