Foi nesta madrugada e através do atleta de 20 anos natural de Mangualde, Miguel Monteiro, a competir na classe F40 na prova de lançamento do peso que a delegação lusitana, depois dos já cinco diplomas olímpicos conseguidos, somou o seu primeiro «metal» na presente edição do evento. Ele, que em conjunto com Beatriz Monteiro, foi porta-estandarte na cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020.
Miguel partia para a competição recolhendo grandes e fortes hipóteses de angariar uma medalha, tanto quanto é possível vaticinar numa competição de tamanha magnitude! De reforçar que o jovem praticante luso ostentava o recorde mundial da especialidade, fixado na temporada passada e cifrado nos 11.01m. Convém frisar que o mesmo era campeão Europeu em título na variante.
Numa competição em que a anterior melhor marca mundial “caiu” por três ocasiões, Monteiro acabou por ter de se contentar com o bronze obtido através de um lançamento de 10.76m.
A prata seria conquistada pelo atleta iraniano, Garrah Tnaiash, ele que chegou a liderar durante grande parte do concurso, com uma marca de 11.15m. Enquanto que o atleta em representação do ROC (Comité Paralímpico Russo) Denis Gnezdilov lançando a 11.76m garantiu que se escutaria o hino da sua nação, alcançando uma nova melhor marca mundial.
Ver esta publicação no Instagram
Apesar do bronze, o português não escondeu a satisfação por obter uma distinção de tamanha valia, e logo num palco de excelência, claro está uma Paraolimpíada! No entanto, a ambição de Miguel é continuar a procurar bater sucessivamente as melhores marcas a nível mundial tendo por meta no futuro alcançar mais alegrias para o seu país. Destaque-se que, não obstante a sua ainda tenra idade, esta foi já a sua 2.ª participação nos Jogos, tendo fechado na 5.ª posição no Rio 2016.
Esta fantástica prestação valeu ao pupilo de João Amaral, que a princípio parecia fadado ao Futsal, um lugar na eternidade do desporto nacional, tornando-se no 93.º medalhado de sempre. Algo que fez com que o nosso pequeno, mas ultra competente país passasse a integrar a tabela dos 40 mais medalhados da história em Paraolimpíadas.
Contada mais uma história de sucesso para as cores de Cabral, resta-nos endereçar as maiores felicidades a todos os que para ela contribuíram, bem como desejar a melhor sorte a todos os nossos representantes.