FC Porto 1-0 Nápoles: Afinal existe Defour… E equipa!

atodososdesportistas

1ª parte: O jogo começou com sentido único: baliza do Nápoles! Um Porto que começou com o “novo habitual” 1-4-(1+2)-3 a todo o gás e que subjugou completamente um Nápoles que procurou excessivamente o jogo directo, tanto no ponta-de-lança fortíssimo Higuaín, como no extremo que faz da rapidez a sua arma, Callejón (em ambos os casos, quase sempre os centrais e Alex Sandro levaram a melhor). Com uma pressão muito alta assim que perdiam a bola, os dragões não permitiram nunca que os napolitanos respirassem e assim obrigavam a sucessivos erros e perdas de bola. Aos 10 minutos de jogo, Quaresma e Varela trocaram de flancos e demorou apenas um minuto a ser traduzida a superioridade azul-e-branca em remates: Jackson Martinez obriga Reina à defesa da noite com um voo brilhante para o seu lado esquerdo, após uma jogada brilhante de Carlos Eduardo (que me fez lembrar Deco neste jogo!).  Primeiros 15 minutos – mais Porto, já tinha 6 cantos (!).

Aos 19 minutos, erro crasso da equipa de arbitragem: golo mal (muito mal!) anulado a Carlos Eduardo, que não só iria pôr justiça no resultado, como era mais do que merecido (e às vezes estes lances definem eliminatórias… Esperemos que não!). Podia dizer-se que o árbitro pensou que foi mão, mas o auxiliar levantou a bandeirola e o árbitro fez-lhe sinal. Foi um erro enorme, um golo limpo invalidado.

Nota também para o fact0 de este “novo Porto” procurar sempre sair a jogar numa primeira fase com Fernando, recuando este para pegar na bola, e depois encontra sempre uma “solução de passe 2-1”, desdobrando com isto as marcações e encontrando espaços para libertar a bola num dos colegas mais ofensivos.

Quaresma fez mais um bom jogo  Fonte: Zero Zero
Quaresma fez mais um bom jogo
Fonte: Zero Zero

O primeiro sinal de perigo por parte dos italianos em toda a primeira parte ocorreu apenas ao minuto 26 (!), num contra-ataque conduzido por Callejón. Estavam passados 30 minutos e o “sinal mais” continuava para os azuis-e-brancos. Aos 38 minutos, o Porto (naturalmente, devido ao cansaço) baixou as linhas e os últimos 7 minutos do primeiro tempo foram com mais posse de bola no Nápoles.  Mas no cômputo geral, muito mais Porto no primeiro tempo.

Na segunda parte, o jogo começou com aqueles que foram dos 10 minutos mais loucos a que assisti em toda a minha vida num jogo de futebol: aos 46′, Reina volta a defender brilhantemente um remate “do meio da rua” feito por Fernando; aos 49′, Quaresma remata forte, mas ao lado; 52′, Helton “imita” Reina e por duas vezes salva o Porto: primeiro um remate de Higuain para canto numa jogada em que Hamsik “rasgou” a defesa portista com um passe do meio-campo e depois na marcação desse mesmo canto, num cabeceamento exemplar de Albiol; 55′, Mangala inventa e é quase golo dos italianos; 56′, resposta portista, com o central Britos a tirar o “pão da boca” a Jackson. Estes primeiros 10 minutos terminaram com o (mais que merecido) golo do Porto! Na sequência do canto cedido por Britos, a defensiva napolitana aliviou a primeira bola de forma deficiente e Cha Cha Cha aproveitou a confusão para fugir à marcação de Albiol e, de pé esquerdo (e quente!), fuzilar a baliza de Reina.

Depois do golo e deste início em sufoco de ambas as equipas, só voltamos a ver perigo… 10 minutos depois (!), quando Helton saiu de forma fantástica e tirou a bola do isolado Higuain (que parte em posição muito duvidosa), num minuto onde o miúdo Quintero rendeu o enorme Carlos Eduardo.

Defour, a figura do jogo Fonte: Zerozero.pt
Defour, a figura do jogo
Fonte: Zerozero.pt

Ao aperceber-se de que o Porto necessitava de mais poder de choque para furar a teia defensiva napolitana, Luís Castro fez entrar Ghilas e tirou Varela (escolha arrojada, porém acertada) e o Porto voltou a assumir o controlo. Do minuto 70 ao minuto 81, o jogo baixou drasticamente de ritmo e assistimos a situações de ligeiro perigo para ambos os lados, embora nenhuma digna de registo. O jogo estava “mastigado” até uma jogada inacreditável acontecer: bola no ferro por parte de Quintero numa grande jogada colectiva: Quaresma, pela direita, dá no centro a Quintero, que por sua vez abre na esquerda onde Jackson serve Ghilas (num momento de troca posicional) e este se embrulha com Albiol, que se vira rápido e “corta” contra Quintero, levando a bola ao poste. Incrível! Este foi o tónico que voltaria a tornar este jogo em algo de extraordinário. O Nápoles respondeu aos 82′, quando Maicon cortou praticamente em cima da linha o golo certo aos italianos; 85′, Quintero, numa zona favorável ao seu pé esquerdo, rematou com força mas sem colocação às mãos de Reina; 87’, saiu Defour e entrou Herrera (tinha de referi-lo!); 92’ (de tão boa memória para o Porto…), quase golo do Nápoles! Zapata falhou o remate depois de um cruzamento a meia altura; 93′, final do jogo! Que grande partida, que grande Porto!

Figura: Defour
Poderia escolher Carlos Eduardo, Fernando ou até mesmo Quaresma, pela entrega, mas parece que finalmente Defour acordou com este novo treinador e começou a jogar futebol a sério! O seu trabalho invisível foi (paradoxalmente) notório e apresentou-se como o maior operário a nível de disponibilidade no meio-campo azul e branco!

Fora-de-jogo: Mangala.
Quase todos os lances de perigo nasceram de desconcentrações ou perdas de bolas infantis do francês. Há que melhorar!

Redação BnR
Redação BnRhttp://www.bolanarede.pt
O Bola na Rede é um órgão de comunicação social desportivo. Foi fundado a 28 de outubro de 2010 e hoje é um dos sites de referência em Portugal.

Subscreve!

Artigos Populares

Benfica pediu mudança da data da Supertaça de Portugal e Sporting rejeitou

O Benfica tentou mudar a data da Supertaça de Portugal, mas o Sporting indicou que quer disputar o troféu a 31 de julho.

França bate Inglaterra para o Euro 2025

A França derrotou a Inglaterra por duas bolas a uma, em jogo da primeira jornada da fase de grupos do Euro 2025.

Antigo jogador do Benfica arrasado: «Espero que não voltes a vestir a nossa camisola»

Raúl de Tomás está a ser criticado depois de uma publicação nas suas redes sociais, onde defendia a tauromaquia.

Gonzalo García a brilhar no Mundial de Clubes 2025: eis os números do avançado do Real Madrid

Gonzalo García tem sido titular indiscutível no Mundial de Clubes 2025 pelo Real Madrid. O jogador é um dos protagonistas da competição.

PUB

Mais Artigos Populares

Ilia Topuria: A ascensão inevitável de um campeão com identidade própria | UFC

No universo competitivo e imprevisível da UFC, poucos trajetos têm sido tão marcantes e estrategicamente bem trilhados como o de Ilia Topuria.

Antevisão GP Grã-Bretanha: Verstappen volta a sacar coelho da cartola

Depois de uma ronda desastrosa no Red Bull Ring, com um abandono logo na primeira volta após um acidente com Kimi Antonelli, Max Verstappen respondeu da melhor forma

Antigo jogador do FC Porto não fecha a porta a uma saída do Manchester City

Nico González não fecha a porta a uma saída do Manchester City. O jogador chegou a Inglaterra no mercado de inverno.