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WWE Halloween Havoc: Pontos altos e baixos na noite assombrada

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A WWE (concretamente o WWE NXT) realizou este sábado um dos seus últimos premium live events do ano, com o Halloween Havoc, que teve três mudanças de títulos, todas elas não totalmente esperadas. O show teve alguns pontos altos e outros mais baixos, acabando por ficar abaixo das minhas expetativas, com um NXT que anda a incluir demasiada coisa em pouco tempo (TNA, Evolve, LFG, Speed e AAA), o que vai prejudicando o desenvolvimento das suas estrelas. Vamos combate a combate para perceber o que considerei positivo e negativo.

ISTO NÃO É O NXT

O Halloween Havoc começou com Je’Von Evans a fazer equipa com o campeão da X-Division da TNA, Leon Slater, para defrontar dois luchadores da AAA, La Parka e Mr. Iguana. Em resumo, este combate valeu mais pelo sports entertainment do que pelo wrestling em si, embora tenha havido bons momentos de quatro lutadores dinâmicos, mas teve um certo estilo que vai agradar mais a uns do que a outros. Infelizmente, houve momentos em que o combate parou para alguns spots mais cómicos, com Evans e Slater a acabarem por vencer.

O meu maior problema é um pouco aquilo que eu falava na introdução. Je’Von Evans é uma das maiores estrelas do NXT neste momento e o seu papel neste show foi um combate de equipas que não tinha nada em jogo, tendo em conta que ele devia estar a fazer coisas bem mais importantes. Entre os spots, aquele que mais gostei foi uma espécie de callback a Keith Lee por parte de La Yesca, mas isto ficaria melhor num Worlds Collide do que num premium live event do NXT.

Nota do combate: 3

UMA DAS ESTRELAS DE 2025

Ethan Page e El Hijo de Dr. Wagner Jr. estiveram no combate seguinte, num Day of the Dead match (sem desqualificações), com o título norte-americano de Page em jogo. Foi de longe o combate da noite. Ainda temi nos primeiros minutos que fôssemos ter mais comédia depois do que vimos no início, mas foi só mesmo nos minutos iniciais.

Isto teve a dose certa de violência, com alguns spots visualmente dolorosos. Page também rasgou a máscara de Wagner (algo desrespeitoso na lucha libre), o que levou o luchador da AAA a aumentar a intensidade. Uma super hurricanrana e um coast to coast com um caixote do lixo envolvido fizeram Wagner aproximar-se do título, mas mais uma reviradela na máscara e pó para a cara do luchador fizeram com que Ethan aplicasse um Twisted Grin das cordas para cima de uma mesa para manter o título.

Wagner esteve mais do que à altura neste combate, mas Ethan Page está a atuar a um nível absurdamente alto desde que se estreou no NXT. O main roster está à sua espera assim que tal coisa for decidida, mas, enquanto tal não acontece, o NXT agradece por o ter à disposição, com o canadiano a superar as expetativas em tudo aquilo que lhe é pedido.

Nota do combate: 4.25

GLAMOUR TEM UM TÍTULO

De seguida, era o título norte-americano feminino que estava em jogo, com Zaria a substituir a amiga Sol Ruca, supostamente lesionada, para defender contra Blake Monroe. Num bom combate de wrestling, Blake vinha a focar os seus ataques no braço de Zaria, atirando-a contra as escadas para um momento em que a australiana fez pensar que tinha deslocado o ombro. Num momento criativo, Ruca atirou o seu ombro contra o poste do ringue para o voltar a colocar no sítio. Mais tarde, quando Zaria perseguia Monroe, a antiga estrela da AEW fez Ruca, que estava de muletas, tropeçar, fazendo com que Zaria perdesse o foco. Dois butterfly DDT, um fora do ringue e outro dentro, terminaram o combate.

O wrestling aqui foi bastante sólido por parte das duas, com Blake a ter provavelmente o seu melhor combate desde que chegou ao NXT e Zaria também a fazer bem a sua parte. A minha dúvida aqui é saber se Ruca está mesmo lesionada (o booking parece indicar que não, e, nesse caso, eu preferia que fosse mesmo Sol Ruca a perder o título). Seja como for, isto pode avançar a história entre as duas parceiras e o que vimos, no geral, foi positivo.

Nota do combate: 3.5

TATUM PAXLEY ALCANÇA O TOPO

Não tendo sido o main event, o ponto alto da noite, para mim, aconteceu no antepenúltimo combate, quando Jacy Jayne defendia o título feminino contra Tatum Paxley. Depois dos restantes elementos dos Fatal Influence e dos The Culling terem sido afastados da zona de ringue, um combate que já estava a ser sólido ficou ainda melhor, com Paxley a ficar perto do título. Até que toda a gente voltou para perto do ringue, com Izzi Dame a usar o título, parecendo que ia atacar a suposta amiga, mas sofrendo um Rolling Encore de Jayne. A campeã sofreu depois o finisher de Paxley, que conquistou mesmo o título.

Tatum Paxley tem tudo aquilo que é preciso ter no professional wrestling (bom wrestling, excelente trabalho a desempenhar a sua personagem, e, como se tem visto ultimamente, também consegue fazer boas promos) e vinha a ser estranhamente muito pouco utilizada, daí ter ficado muito satisfeito com a decisão de lhe coroar já campeã. Destacar também Jacy Jayne, que surpreendeu quando venceu Stephanie Vaquer pelo título, mas fez um excelente trabalho como campeã e devia subir para o main roster, juntamente com Fallon Henley.

O meu ponto negativo aqui foi aquilo que antecedeu o final do combate, com o envolvimento de Izzi Dame, que não só ficou demasiado a olhar para Tatum com o título antes de simular um ataque, como tudo isso acabou por retirar brilho à conquista de Paxley. Ficou aqui a faltar também algum envolvimento de Lyra Valkyria. A história está claramente definida entre Paxley e Dame e é isso que vamos ter nos próximos episódios do NXT.

Nota do combate: 4

DARKSTATE RECUPERAM OS TÍTULOS

O penúltimo combate tinha os títulos de tag team do NXT em jogo, com os Hardy Boyz a defenderem contra os antigos campeões, os DarkState num combate Broken Rules. Os Hardys apareceram como Broken Matt Hardy e Brother Nero. Como era um combate sem desqualificações, todos os quatro elementos dos DarkState acabaram por combater, embora Dion Lennox e Osiris Griffin fossem os elementos oficiais.

O wrestling aqui foi bastante acima das expetativas, tendo em conta a idade dos Hardys, com vários momentos de alto risco e com Jeff a ter o seu tradicional momento em que se atira do topo de um escadote, desta vez para uma mesa vazia. No final, com Matt preso numa posição de Tree of Woe, Lennox lançou-se de um escadote para cima de Jeff, enquanto este estava nos ombros de Griffin, para cima de uma mesa, com os DarkState a recuperarem os títulos.

Contudo, e mais uma vez, para além do bom wrestling, houve aqui algumas questões. Não fez grande sentido não vir ninguém ajudar os Hardys, tendo em conta que Je’Von Evans e Leon Slater se lembraram depois do combate que têm contas a ajustar com os DarkState. Também não fez muito sentido os Hardys terem tido os títulos apenas um mês, só para um combate com os Dudley Boyz. Por fim, continua a surpreender-me o facto de Saquon Shugars, claramente o melhor elemento deste quarteto, estar a ser preterido por um Osiris Griffin que ainda é bastante verde.

Nota do combate: 3.5

RICKY SAINTS CONTINUA O REINADO

Por fim, o combate principal via Ricky Saints a defender o título do NXT contra Trick Williams. Era um combate aguardado com expetativa, mas acabou por ser aquele que mais desiludiu, deixando algo a desejar. Os momentos altos foram um Bookend para cima da mesa de comentadores e um Trick Shot de Williams para um false finish, mas foi basicamente só isso.

No final, Saints manteve um título com uma combinação de um Stundog Millionarie, um Spear e um Tornado DDT, que, sejamos sinceros, não é muito credível como finisher, muito menos para um combate principal de um premium live event. No final, Saints manteve o título, como se esperava, mas o show terminou em baixa, que não é o que se pretende.

Nota do combate: 3.25

Bernardo Figueiredo
Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.

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