André Villas-Boas sobre claques do FC Porto: «Não pode haver desigualdades em termos de direitos»

- Advertisement -

André Villas-Boas, candidato à presidência do FC Porto, abordou a situação das claques no emblema do Estádio do Dragão.

André Villas-Boas, um dos três candidatos às eleições do FC Porto, afirmou em entrevista à RTP que considera as claques uma parte muito importante para o conjunto do Dragão, mas tem que haver igualdade entre todos os adeptos:

«Sim, o FC Porto tem que ter, naturalmente. Os grupos de organizações adeptos representam também aquele tipo de associado, adepto e simpatizante, que gosta de viver os jogos de forma diferente, apoiando a sua equipa e cantando a favor do FC Porto. Este é um modo de estar que é respeitável e que é comum entre vários clubes europeus. O que não pode haver é desigualdades em termos de direitos e infelizmente… Entre os sócios e entre o público em geral também. Ou seja, no acesso à bilhética tem que haver igualdade e equidade, seja para adeptos e simpatizantes do FC Porto, seja para sócios do FC Porto. Eu acho que é esta falta de equidade que não existia e que levou também a muita frustração sentida por parte de alguns adeptos e por parte de alguns associados».

O antigo técnico do FC Porto afirmou que tem estado protegido:

«Não, repare, houve incidentes que nós sofremos diretamente na pele e o meu zelador principalmente. Não foi o único evento que tem vindo a acontecer nesta caminhada, tentamos sempre encarar a vida de forma normal, agora são incidentes que nos marcam, a mim e à minha família evidentemente foi-nos atribuída proteção, sentimos-nos totalmente seguros, mas são eventos que não trazem boa memória».

André Villas-Boas confirmou que não terá qualquer remuneração, se vencer as eleições:

«Porque acho que estou e estamos para servir o FC Porto, dentro desta candidatura também há uma série de pessoas, destas que eu escolhi, que fazem um esforço financeiro para vir para o FC Porto, sofrendo cortes na sua remuneração e aceitando servir o FC Porto. Eu acho que o presidente, neste caso, tem de ser o reflexo máximo deste esforço, mudar também o paradigma. Ele também já é presente no caso de um dos nossos rivais, onde há um presidente também não remunerado, e eu penso que é assim que deve ser também no futuro. Portanto, tenho muito orgulho em representar esta mudança, nós teremos cortes acentuados no ponto de vista da remuneração, tem sido um dos pontos de escândalo relacionados com a administração do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, onde sensivelmente em 12 anos estamos a falar de 27 milhões de euros em remuneração, e a administração tem de servir como exemplo».

André Villas-Boas não acredita que o FC Porto consiga chegar a uma final europeu no seu primeiro mandato, mas justificou:

«Dificilmente. Repare, há uma ameaça clara, em primeiro lugar, sobre o ecossistema do futebol atualmente, por conta da decisão do Tribunal Europeu relativamente às competições paralelas e a UEFA e a FIFA não poderem castigar novas competições que venham a ser, competições e jogadores, não poderem castigá-los. Acho que há uma nova ameaça sobre o ecossistema do futebol. Isto levou à reformatação dos quadros competitivos da UEFA, de todas as competições da UEFA, e vive-se uma altura muito sensível. Agora, o que é que parece claro? Há um domínio cada vez maior dos grandes clubes europeus dentro deste ecossistema do futebol e uma ameaça cada vez maior com os grupos de clubes. Temos o grupo City, temos o grupo Paris Saint-Germain, o grupo Textor, o grupo Red Bull, cada vez mais a funcionarem em cadeias, e agora temos também fundos de investimento que compram carteiras de agentes dos jogadores. Tudo isto são sinais da mudança do ecossistema do futebol, que leva as coisas a tornarem-se muito sensíveis, e para FC Porto poder chegar a uma competição europeia tem que estar ao máximo nível desportivo, ao nível do scouting, ao nível da sua formação e ao nível da criação de uma equipa competitiva. É muito mais complicado, temos essa experiência e esse background europeu que nos sustenta e que nos permite sonhar».

Sabe mais sobre o nosso projeto e segue-nos no Whatsapp!

Bola na Rede é um órgão de comunicação social de Desporto, vencedor do prémio CNID de 2023 para melhor jornal online do ano. Nasceu há mais de uma década, na Escola Superior de Comunicação Social e em forma de programa de rádio.

Desde então, procura ser uma referência na área do jornalismo desportivo e de dar a melhor informação e opinião sobre desporto nacional e internacional. Queremos também fazer cobertura de jogos e eventos desportivos em Portugal continental, Açores e Madeira.

Podes saber tudo sobre a atualidade desportiva com os nossos Última Hora e não te esqueças de subscrever as notificações!

A 28 de outubro de 2019, avançámos também com introdução dos programas em direto, através do canal BOLA NA REDE TV, no Youtube.

Além destes diretos, temos também muita informação através das nossas redes sociais e em vários modelos de podcasts.

Se quiseres saber mais sobre o projeto, dar uma sugestão ou até enviar a tua candidatura, envia-nos um e-mail para [email protected]. Desta forma, a bola está do teu lado e nós contamos contigo!

Ricardo João Lopes
Ricardo João Lopeshttp://www.bolanarede.pt
O Ricardo João Lopes realizou a sua formação na área da História, mas é um apaixonado pelo desporto (especialmente pelo futebol) desde criança, procurando estar sempre a par da atualidade.

Subscreve!

Artigos Populares

Segunda Liga: avançado do Portimonense que já interessou a Vitória SC é destaque em 2025/26

Tamble Monteiro está a ser um dos destaques da Segunda Liga. O avançado do Portimonense é o melhor marcador da prova.

Sucessor de Luis Suárez não engata no Almería: são 0 golos e 87 minutos

Luis Suárez trocou o Almería pelo Sporting no último mercado de transferências. Thalys foi comprado para lhe suceder.

Gavi pode permitir Barcelona reforçar-se no mercado de inverno

A lesão de Gavi pode permitir a que o Barcelona se possa reforçar com um defesa no próximo mercado de transferências.

Portugal com duas baixas no primeiro treino de preparação para a partida frente à Hungria

Portugal já começou a preparar o encontro frente à Hungria. Gonçalo Inácio e Rafael Leão foram ausências no treino.

PUB

Mais Artigos Populares

La Masia pode voltar a ser solução: Barcelona estuda promoção de mais um central

O Barcelona procura acrescentar mais um defesa central que seja esquerdino ao seu plantel, depois da saída de Iñigo Martínez.

Real Zaragoza não perdoa e despede ex-Atlético Madrid no dia mais importante da cidade

O Real Zaragoza anunciou este domingo despedimento de Gabi do comando técnico da equipa principal do emblema da La Liga 2.

Kylian Mbappé encantado com Lionel Messi e assume: «Nunca pensei em jogar no Barcelona»

Kylian Mbappé assumiu que gostou de jogar com Lionel Messi no PSG, admitindo que nunca pensou em atuar pelo Barcelona.