O Benfica lançou um vídeo onde procura mostrar os alegados erros na ação do VAR na final da Taça de Portugal. Em causa o lance polémico do pisão de Matheus Reis.
O Benfica lançou um novo comunicado acompanhado de um vídeo de três minutos relativo à arbitragem na final da Taça de Portugal. «Como o VAR impediu o Benfica de ganhar a Taça de Portugal» é o nome dado pelas águias à crítica.
Num comunicado que podes ler na íntegra em baixo, bem como assistir ao vídeo, as águias fazem uso dos áudios do VAR para sustentar a sua tese de que houve erro humano na avaliação do vídeoárbitro no lance que ditaria a expulsão de Matheus Reis após um pisão em Andrea Belotti.
Tal vídeo e comunicado surgem na sequência de uma primeira comunicação, na qual o Benfica exigiu a suspensão imediata dos árbitros envolvidos no «erro colossal» relativo ao lance de Andrea Belotti e Matheus Reis. As águias emitiram comunicado oficial após o recente acórdão do Conselho de Disciplina da FPF, que castigou Matheus Reis em cinco jogos.
Eis o comunicado do Benfica:
«Estádio Nacional do Jamor, dia 25 de maio de 2025. O Benfica vencia a final da Taça de Portugal por 1-0, quando, aos 90:04,27 minutos, junto à bandeirola de canto do lado direito do ataque das águias, Belotti, caído no relvado, foi deliberadamente pisado na cabeça pelo sportinguista Matheus Reis, que tinha de ser expulso com cartão vermelho direto. No terreno, a equipa de arbitragem não sancionou; na Cidade do Futebol, a equipa de VAR adulterou a verdade desportiva na decisão da prova.
O recente acórdão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol confirma os erros cometidos pelo VAR Tiago Martins e pelos seus assistentes Vasco Santos e Sérgio Jesus na final da Taça de Portugal 2024/25, em evidente prejuízo do Benfica.
Cerca de mês e meio após a realização do desafio, a transcrição dos diálogos ocorridos (durante mais de 2 minutos) na sala do VAR relativamente ao pisão deliberado de Matheus Reis na cabeça de Belotti provam o corrompimento dos factos e da verdade desportiva.
Vendo o lance na Cidade do Futebol, o VAR Tiago Martins começa por desvalorizar o incidente com expressões como “siga” e “foi sem querer”, mas acaba por solicitar mais imagens, quer rever sob outro ângulo: “Mas vai lá, vai lá a essa baliza, vá, mete lá.”
Após revisão, Tiago Martins não tem dúvidas: “Isto é vermelho, isto é vermelho, eu vou chamar [o árbitro Luís Godinho].”
O primeiro AVAR assistente, Vasco Santos, concorda com a apreciação do VAR: “Para mim, é vermelho.”
O segundo AVAR assistente, Sérgio Jesus, informa que “o jogo recomeçou”.
“Para mim, é vermelho”, reafirma Vasco Santos.
Sérgio Jesus argumenta: “Mas o jogo já tinha recomeçado, não podes intervir.”
Vasco Santos contrapõe: “O jogo está interrompido, é conduta violenta.”
Tiago Martins decide que tem de comunicar com Luís Godinho: “Eu vou chamar, mete lá as imagens, isto é conduta violenta.”
“Foi antes de ele interromper, […] exatamente, já não pode”, considera, então, Vasco Santos.
E Sérgio Jesus tenta demover o VAR: “Está o jogo a decorrer, entretanto, recomeçou.”
Tiago Martins reforça: “É conduta violenta na mesma, a bola não está lá, é pisão na cabeça.”
Decorridos 9 segundos, Tiago Martins abdica de discutir com os AVAR e desiste da intenção de alertar o árbitro Luís Godinho relativamente à conduta violenta de Matheus Reis: “Ok, tudo bem, vá, siga.”
O jogo prosseguiu, e os erros tiveram impacto direto no resultado da partida, impedindo o Benfica de ganhar, privando-o de um título que lhe pertenceria por mérito próprio».