O Sporting empatou com o Braga por 1-1 na Primeira Liga. Eis os principais destaques do encontro jogado no Estádio de Alvalade.
Luta contra o cancro da mama: É assinalável a iniciativa do Sporting, muito para lá do equipamento. A importância do futebol na sociedade mede-se, mais do que pelos resultados ou golos, pela capacidade de mudar comportamentos e trazer à ordem pública temas importantes. Do cor de rosa do símbolo ao festejo de Luis Suárez, lutou-se por um mundo melhor em Alvalade.
Luis Suárez: Desta feita, não foi preciso muito para o colombiano marcar. De resto, as queixas à pontaria, embora legítimas, têm sido demasiado exacerbadas face ao real rendimento do avançado em frente da baliza. Para lá do golo, longe da baliza contribuiu em apoio, oferecendo soluções associativas ao jogo dos leões. Falta perceber melhor os timings de quando se associar e de quando partir para a jogada individual quando mais próximo da área contrária.
Geovany Quenda: Num jogo menos conseguido coletivamente do Sporting, passaram pelo português muitos dos melhores lances em ataque organizado. Tem na capacidade criativa através do passe uma das dimensões mais subvalorizadas do seu jogo, encontrando frequentemente soluções para jogar. Apesar de ser um desequilibrador na génese, tem equilíbrio no que é capaz de aportar ao seu jogo.
Rodrigo Zalazar: Joga e faz jogar no Braga. Se não for o melhor jogador da Primeira Liga para lá dos grandes não andará muito longe. Mesmo partindo de uma posição lateral, atuou muito por dentro e conseguiu dar andamento ao jogo arsenalista, procurando aproximar a equipa da baliza e lançar as diagonais dos colegas. Também já joga sem bola, atacando o espaço e rompendo. O golo de penálti recompensou a boa exibição do uruguaio.
Ricardo Horta: Uma das vantagens ofensivas do Braga esteve na forma como o capitão dos arsenalistas conseguiu fazer o movimento em diagonal da esquerda para a direita para aparecer na área a finalizar. Foi lançado algumas vezes por Rodrigo Zalazar e conseguiu criar perigo.
Florian Grillitsch: Num Braga de maior domínio e num meio-campo onde partilhou posição com João Moutinho, destacou-se pela ordem que ofereceu ao jogo arsenalista. Tem tudo para ser uma das figuras do meio-campo dos minhotos e para preparar a difícil sucessão do Vinho do Porto português. Não deixa de ser um dos casos mais engraçados do futebol português ver o austríaco pelos minhotos.