O Vitória SC recebeu o Sporting no duelo da 15.ª jornada da Primeira Liga. Confere os destaques do encontro no Estádio D.Afonso Henriques.
Fotis Ioannidis: A formar dupla de ataque com Luis Suárez, o avançado grego cumpriu na perfeição as tarefas pedidas por Rui Borges. Tendo em conta que, já no Panathinaikos, Ioannidis demonstrava grande capacidade para se associar com os colegas, muito devido à sua qualidade técnica, diante do Vitória SC voltou a evidenciar essa valência. Baixou várias vezes no terreno e foi importante para o Sporting criar superioridades na zona central. Se, numa fase inicial, vimos Francisco Trincão a dar mais largura e o avançado a ocupar zonas interiores, a partir do primeiro golo dos leões a relação e os movimentos entre ambos começaram a alternar de forma mais fluída. Foi precisamente dessa dinâmica que surgiu o golo de Fotis Ioannidis, após um cruzamento milimétrico de Ricardo Mangas.
Francisco Trincão: Não se sabe ao certo se fazia parte da estratégia, mas até ao primeiro golo do Sporting o extremo leonino foi visto maioritariamente a dar largura, muito encostado à linha, sem o protagonismo habitual. Tal deveu-se, em grande parte, aos movimentos de Ioannidis a baixar para zonas centrais. Ainda assim, com o golo apontado ao minuto 32’, depois de recuperar a bola no meio-campo, Francisco Trincão começou a alternar posições com o avançado grego, e dessa maior liberdade surgiu a bela jogada que deu origem ao segundo golo dos leões. Com esta alternância, vimos também Fottis Ioannidis a procurar mais vezes o espaço, através de diagonais no corredor direito.
Maxi Araújo: Numa fase em que o Sporting não pode contar com Pedro Gonçalves, Geny Catamo e Geovany Quenda, Maxi Araújo tem correspondido a grande nível numa posição mais adiantada e com liberdade para flutuar por zonas interiores. Ao potenciar as melhores características de Ricardo Mangas nos movimentos de trás para a frente e ao conceder largura ao lateral português, Maxi criou muitas dúvidas nas referências defensivas do Vitória SC, fruto da sua liberdade posicional no corredor central. Se Rui Borges já havia elogiado a agressividade e a capacidade do uruguaio para atacar a última linha adversária, a verdade é que também demonstrou grande capacidade de associação por dentro. Além disso, mostrou um excelente entendimento com Ricardo Mangas, seja na definição de quem baixava para formar a linha de quatro ou, por momentos, uma linha de cinco. Acabou por ser o autor do quarto golo do Sporting no encontro.
Telmo Arcanjo: A atitude competitiva do Vitória SC mudou por completo com o início da segunda parte, muito devido à entrada do extremo cabo-verdiano. Telmo Arcanjo foi o autor do golo da equipa vitoriana ao minuto 50’, contando com a ajuda de Rui Silva. Para além disso, agitou o corredor direito e beneficiou das projeções de Miguel Maga, que teve mais conforto para subir no terreno na segunda metade. No melhor momento do Vitória SC no encontro, Juan Castillo falhou na baliza dos vitorianos e o Sporting acabou por recuperar o controlo da partida, voltando a ganhar conforto com dois golos de vantagem.

