Gonçalo Nunes analisou o desfecho do Benfica x Torreense. Supertaça Feminina jogou-se no Estádio António Coimbra da Mota.
Gonçalo Nunes, técnico da formação de Torres Vedras, fez o rescaldo do Benfica x Torrense em conferência de imprensa. Supertaça Feminina foi ganha pelo Torreense após vitória por 2-1.
«O ponto alto é sempre acabar a ganhar. Mais que o ganhar é a forma. A equipa deu novamente mostra de muita coisa, desde logo a capacidade mental e confiança. Esperávamos um Benfica com tudo e a querer entrar na época com o pé direito. Marca logo aos 28 segundos e tinha tudo para correr mal, mas a equipa foi fiel à nossa forma de estar. Primeira parte muito boa, clarividente a trabalhar o jogo dentro do delineado. A segunda parte mudou um pouco, o jogo perdeu qualidade com a equipa a querer segurar a vantagem».
«Se analisarem, a final da Taça teve um impacto grande das substituições. Tem que ver com o trabalho diário e com mensagens que as jogadoras percebem de forma clara. Invasão ao balneário? Mostra a equipa. Todas as jogadoras têm a capacidade de pôr os interesses coletivos acima. Todas querem o mesmo, queremos todos o mesmo que é estar nas decisões, conquistar troféus e estar o mais à frente possível. É um grupo com muita qualidade e experiência, que não vem só da idade, e juventude. Permite colocar as jogadoras certas no momento certo».
«Não há segredo [para bater o Benfica]. O segredo é a estabilidade. Entrámos, não começámos bem e no clube tiveram a visão e inteligência de acreditar no que estava a ser feito e que podia dar frutos. Houve uma reorganização grande no clube e uma aposta na estabilidade. Fizemos meia época em 2023/24 e transitaram grande parte das jogadoras e esta época ainda mais. Este ano entraram, porque duas jogadoras saíram pelo mercado, mas fizemos entrar só 5/6 jogadoras. Temos maior limite da regulamentação. Há uma estabilidade grande e um projeto de continuidade, que permite criar lastro e experiência. Permite dar mais confiança ao que está a ser feito. Se jogarmos outra vez com o Benfica, é delas o favoritismo».
«Bolas Paradas? Não fizemos nada de diferente na preparação, apenas algumas adaptações consoante o adversário. Tentamos preparar todos os momentos do jogo ao detalhe e foi mais um momento resultado do trabalho do dia a dia. Acabámos por ser eficazes».
Carolina Correia, capitã do Torreense, também falou do encontro.
«Com o passar do tempo, todas ambicionamos mais. Somos fiéis a nós mesmas, estamos num campeonato difícil. Vamos jogo a jogo, passo a passo e queremos continuar a ganhar títulos».
«Todas as equipas entram para ganhar. Continuamos a ambicionar mais. Todos os jogos vão ser difíceis, mas vamos para todos os jogos disputar o resultado».
«Liderança? Vim para o Torreense para continuar a crescer e ganhar maturidade ao nível do jogo. Como capitã tenho de transmitir calma e apertar às vezes com elas. Com elas é fácil».