Ivan Baptista analisou o duelo entre o Benfica e o Twente. Jogo da Champions League Feminina jogou-se no Estádio da Luz.
Ivan Baptista analisou o duelo entre o Benfica e o Twente a contar para a Champions League Feminina. Jogo da terceira jornada da fase de liga da prova terminou 1-1.
«Jogo muito disputado durante 90 minutos. nem sempre bem disputado, por vezes demasiado partido. O Twente tem muita qualidade e bateu-se bem. Faltaram algumas coisas. Na 1.ª parte faltou agressividade em duelos e segundas bolas, mais compactos, encontrar os espaços que havia. No corredor lateral atraíamos e não tivemos capacidade de procurar esses espaços. Na segunda parte a equipa entrou de forma mais agressiva, a explorar melhor a variação do jogo. Falta controlar o momento do jogo. Não conseguimos acalmar as coisas e o ritmo. Não podemos sofrer o empate em transição. Temos de crescer e estar mais adultas. O Twente fez por merecer este resultado, tem também jogadoras de altíssimo nível. Na segunda parte sentiu-se uma falta de frescura, não tivemos a semana limpa e fez a diferença, mesmo do banco. Foi isso que nos faltou».
«Diferença de Benficas após entrada forte? Deve-se a um adversário forte que também queria jogar. Não conseguirmos controlar o duelo físico do jogo, com marcações individuais, e perder primeiras e segundas bolas, não ter a capacidade de segurar, vai-se sentindo e permite aos adversários ganhar metros. Foi um jogo de forças entre equipas que tentaram jogar com as suas armas. O Twente teve mérito de dar resposta. Ao intervalo tivemos uma conversa frontal e o grupo percebeu onde melhorar. Aumentou o nível competitivo e de eficácia nos duelos e na capacidade de ter bola».
«Houve uma tentativa da treinadora do Twente em colocar pressão do nosso lado, a dizer que tínhamos uma equipa mais forte. Nunca viram palavras destas na minha boca, nunca fiz comparação. A fase de liga tem esta particularidade, o resultado está muito influenciado pelo sorteio. Temos o objetivo do playoff e está tudo em aberto. Queríamos os três pontos e vamos a Paris para pontuar, sabendo que se calhar um ponto não chega. O Twente não é a imagem que querem fazer dela. Mostrou porque é que já tem dois pontos e se bate bem com equipas de renome».
«Catarina Amado? Foi uma questão de precaução. Tem estado exposta a uma densidade competitiva grande aqui e na seleção, sem qualquer momento de descanso. Tem rendido, mas é normal que estes momentos cheguem. Estava com a necessidade de ser substituída para evitar lesão. Afeta muito a capacidade de mexer com o jogo. Era preciso ajustar as peças para defender o Twente pelos corredores. Estavam a criar metros com as bolas longas, a ganhar cantos e lançamentos. Quando planeávamos um ajuste tático tivemos de fazer alterações que afetam a capacidade de intervir. Temos alguma responsabilidade na forma como não reagimos de forma correta após o golo marcado. Batemo-nos contra uma boa equipa, mais fresca».
«Mensagem para a equipa? Já foi passada no relvado. Não é o resultado que ambicionávamos, é um misto de sensações. Resposta positiva para quem jogou há três dias. Não era o resultado que queríamos hoje. Vamos a Paris lutar pelos três pontos, menos que isso condiciona o futuro na competição. Do lado de lá está uma equipa de contexto competitivo diferente do nosso na Liga Francesa. Encaramos como uma final, tentando honrar o que fizemos no passado recente na competição».

