Ivan Baptista analisou a vitória do Arsenal sobre o Benfica na Champions League Feminina. Técnico respondeu à questão do Bola na Rede.
O Arsenal veio ao Estádio da Luz vencer o Benfica por 2-0 na Champions League Feminina. O Bola na Rede esteve no Estádio da Luz e teve a possibilidade de colocar uma questão a Ivan Baptista, treinador encarnado.
Lê também a resposta de Renée Slegers, treinadora das gunners, à questão do Bola na Rede.
Bola na Rede: No momento defensivo da pressão do Benfica, vimos a Beatriz Cameirão muitas vezes a adiantar-se às duas médias para encaixar na pressão, primeiramente mais zonal e numa segunda fase mais individual. Qual foi a estratégia do Benfica para condicionar a saída de bola do Arsenal?
Ivan Baptista: Estávamos num 4-3-3 em que tínhamos três médias que se podiam ajustar do ponto de vista da marcação zonal. A partir do momento em que definíssemos a zona da pressão, passaria a individual. Era uma zona pressionante, em que assim que definíssemos a zona de pressão, teríamos de pegar individualmente todas as jogadoras nessa zona. Será sempre mais fácil fazer isto quando conseguíamos encaminhar a pressão para o corredor lateral, porque conseguíamos fechar esse corredor. Nem sempre o conseguimos fazer. Às vezes o Arsenal, e bem, conseguiu desbloquear por dentro e criar dificuldades. Sempre que uma das médias, no caso a Cameirão, saltava na pressão nas centrais teria de haver um ajuste por trás com as médias. Às vezes conseguimos fazê-lo porque estávamos com o bloco compacto, e conseguir esse ajuste é relativamente simples quando estamos num bloco de 25-30 metros, outras não o conseguimos fazer porque com a vontade de crescer na pressão e saltarem na pressão às centrais estávamos com o bloco demasiado esticado. Quando estamos a pressionar com um bloco de 50 metros é mais complicado fazer esses ajustes porque a média que vem em compensação não tem tempo para chegar à média do adversário que ficou livre. Uma boa análise, mas o intuito seria esse. Ter a nossa abordagem do ponto de vista de organização defensiva, que não foi nada de novo para este jogo. Foi maioritariamente um 4-5-1 em vez de um 4-3-3 porque projetavam muito as laterais e as nossas alas não podiam estar muito altas. Ainda assim tentámos encaminhar para o corredor, tornar essa zona pressionante e aí sim pegar individual.