João Pereira: «O destino, às vezes, prega-nos algumas partidas que não vão voltar a acontecer»

O Sporting vai enfrentar em casa o Boavista para a jornada 14 da Primeira Liga. O treinador João Pereira já lançou o desafio.

João Pereira já fez a antevisão ao Sporting x Boavista, que vai realizar-se este sábado às 20h30 no Estádio de Alvalade e a contar para a jornada 14 da Primeira Liga. O técnico dos leões começou por dizer o seguinte:

«Já falámos do momento de viragem há algum tempo, em todos os jogos entrámos com vontade de ganhar e vamos voltar a entrar com vontade para ganhar. E acreditar. O destino, às vezes, prega-nos algumas partidas que não vão voltar a acontecer (…) O que vale mais é ganhar amanhã, isso é que vale mais agora».

João Pereira afirma que, ao dia de hoje, «atenderia sempre a chamada de Frederico Varandas»:

«O mais claro possível, não falou em “ses” e hipoteticamente. O que queremos é ganhar ao Boavista e a vitória é o que dá segurança aos treinadores. Atenderia sempre a chamada de Frederico Varandas novamente. Até porque não sabia o que é que era. Claro que queria estar aqui, continuo a estar preparado e continuaria a fazer o mesmo».

João Pereira continua com confiança em si e na equipa técnica:

«Acredito no trabalho da equipa técnico, nos jogadores e da estrutura. Sinto que estamos todos no mesmo barco e a remar para o mesmo lado. Os resultados não têm aparecido. Os resultados ditam o futuro do treinador, mas a competência não se vê só nos resultados. Vê-se noutras coisas. É sinal que o presidente e a direção viram competência em mim. Sei que eu e a equipa técnica somos competentes e isso leva-nos a acreditar que vamos dar a volta».

«[Não poder levantar do banco?] A equipa técnica sabe a mensagem que temos de passar. Seria sempre a mesma. Pensamos com uma cabeça só. Todos sabemos o que queremos ofensivamente, defensivamente ou nas bolas paradas. Sabemos o posicionamento de jogador e o que queremos de cada jogador. A mensagem é clara», disse também.

João Pereira falou sobre o posicionamento de Viktor Gyokeres:

«Posicionamento de Gyokeres? Quem analisa bem os jogadores, sabe o que leva a isso. O Sporting chegava aos últimos 30 minutos a ganhar e abria muito mais espaço na profundidade. No 5-4-1 do Santa Clara, que era muito baixo, não havia espaço. Com o Brugge também. Fica muito reduzido o espaço. Conseguimos marcar. Fizemos golo, logo a seguir, esticámos na profundidade. Não temos chegado aos últimos 25, 30 minutos em vantagem. E aí as equipas vão defender o resultado e a profundidade deixa de existir».

Joao Pereira recorda jogo com o Club Brugge e afirma que os jogadores querem muito ganhar, dizendo ainda que «há pouca coisa» que pode pedir-lhes mais:

«Os jogadores já passaram o luto. No jogo anterior, entrámos muito bem. O Brugge tocou na bola no pontapé de saída e depois circulámos, não deixámos partir o jogo, fizemos o golo numa boa jogada. Os 15 minutos a seguir, antes do golo do Brugge, controlo absoluto do jogo. O Brugge vai lá uma vez e marca. É normal os jogadores sentirem. Não gosto de desculpas, mas parece que tudo nos acontece. Claro que sentem, mas logo na jogada a seguir reagiram. Os jogadores querem muito ganhar e voltar às boas exibições. Há pouca coisa que lhes possa pedir mais, eles querem muito».

João Pereira garante que quer inverter a situação do Sporting e que fala todos os dias com o presidente, Frederico Varandas:

«Crítica? Não existe ninguém que esteja mais frustrado do que eu, jogadores, direção, administração, staff. Eu, se ganhar menos, tenho menos clubes para treinador. Jogadores, se não ganharem, não há Manchesters City. Ninguém quer mais ganhar. Temos de saber lidar com isso. Com o presidente falamos todos os dias, de futebol, de família…».

«Colocar lugar à disposição? Não falo em ses e hipoteticamente. O foco é ganhar ao Boavista. Depois, logo se vê», vincou.

João Pereira foi questionado sobre a ausência de Pedro Gonçalves e abordou também ambiente em Alvalade:

«Pote? Temos outros jogadores, é a oportunidade deles e eles têm de mostrar isso. Ambiente em Alvalade? Já fui jogador aqui em épocas complicadas. Mas, do primeiro ao último minuto, sempre senti apoio. Depois é normal. Quando uma equipa não ganha, é perfeitamente normal assobiar, acenar com lenços brancos, é normal. Temos de estar preparados. Tenho notado apoio incondicional à equipa. Eles estão a fazer o papel deles e nós temos de fazer o nosso».

«Sinto a mesma confiança aqui, tal como no primeiro dia. A confiança é a mesma. O caráter de uma pessoa não se define por resultados. Os resultados não estão a aparecer, mas eu acredito que vão aparecer», garantiu também.

João Pereira concluiu a dizer que não é o dinheiro que o move:

«Tenho confiança e foco total no jogo de amanhã. Eu não sei o que vai acontecer, mas o que me trás aqui não é o dinheiro. O dinheiro não me move, eu estou aqui porque gosto disto, quero ser um bom treinador e quero ganhar títulos. Amo a minha profissão. Não é o dinheiro que me move».

Diogo Lagos Reis
Diogo Lagos Reishttp://www.bolanarede.pt
Desde pequeno que o desporto lhe corre nas veias. Foi jogador de futsal, futebol e mais tarde tornou-se um dos poucos atletas de Futebol Freestyle, alcançando oficialmente o Top 8 de Portugal. Depois de ter estudado na Universidade Católica e tirado mestrado em Barcelona, o Diogo está a seguir uma carreira na área do jornalismo desportivo, sendo o futebol a sua verdadeira paixão.

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