José Mourinho falou com os jornalistas durante esta segunda-feira, de maneira a fazer a antevisão da partida entre o Benfica e o Newcastle United.
José Mourinho esteve presente na sala de imprensa durante o final de tarde desta segunda-feira, de forma a realizar a antevisão do encontro entre o Benfica e o Newcastle United, válido pela terceira jornada da Champions League:
«Acho que jogar no Benfica e treinar o Benfica não é para todos, traz pressão e responsabilidade. Ainda assim, é inerente que vem uma pressão extra por termos ou não influência nas eleições. Nós preparámo-nos para o jogo, tal como fizemos em Chaves e vamos fazer para sábado, tentando esquecer que existem eleições. O nosso trabalho é outro. Jogaremos o jogo como decisivo, mas não o é».
O técnico falou de Bobby Robson:
«Senti sempre algo especial, antes do mister partir. Depois sinto o que todos sentem, o dia a dia leva-nos a passar um pouco ao lado da saudade, mas há lugares que levam a que se abram a porta de novo no pensamento. Trabalhei muitos anos com o mister Robson e não havia um dia que ele não mostrava uma paixão pelo Newcastle. Eu nunca escondi, mesmo como treinador de outros clubes ingleses, o Newcastle United sempre foi um clube muito importante para mim».
O treinador falou do que falta à equipa:
«Se vencermos, não precisamos de nada mais. No fim do jogo podemos dizer que não nos falta nada para ganhar aqui, vamos ver. Há um adversário para frente em cada jogo, muitas das vezes há um plano que se consegue meter em prática e em outras ocasiões não se consegue. Depois pode-se ficar com a sensação de que o plano era errado, mas pode ter sido o adversário a provocar isso. O Newcastle é muito forte. Os menos profissionais olham para a classificação da Premier e ficam enganados em relação ao potencial desta equipa. Foram jogadores escolhidos a dedo para jogarem com o Eddie Howe. São físicos, têm quatro alas rapidíssimos. O estádio é fantástico e jogam com eles. As pessoas estão aqui para jogar com a sua equipa».
José Mourinho falou do St. James Park:
«Não é só estádio, é o clube e a paixão dos adeptos. Também têm um grande poderio económico. Voltaram a ganhar em décadas, em parte por causa disso. Jogam duas épocas a Champions League. São uma equipa muito perto de coisas maiores e a gente que é de cá merece. É uma cultura totalmente diferente de Londres. Eu adoro jogar aqui. É lindo jogar aqui, mesmo como adversário. É extraordinário estar aqui».
O técnico quer procurar a vitória:
«Contra o Chelsea deveria poderia ter assinado o empate, mas vamos procurar a vitória. Treinámos no Seixal mesmo para poder treinar. Preparámos o jogo o melhor possível, sabendo que eles vão querer levar o jogo para o lado em que eles são mais fortes e nós temos que fazer o contrário».
José Mourinho foi questionado sobre o apoio da equipa a Rui Costa:
«Temos que tentar estar isolados desse contexto, a nossa missão é outra. Temos que estar o mais isolados. Ser jogador do Benfica não é fácil, tal como ser treinador do Benfica. Os adeptos querem vitórias, isso já é mais do que suficiente para estarmos motivados».
O treinador fez o balanço de um mês como treinador do Benfica:
«Nada me deixa frustrado, apesar de ter sido a terceira vez em que agarro numa equipa com o campeonato em andamento. Não tenho muita experiência nisso, mas sei que é muito mais difícil do que começar uma época e ter tempo para trabalhar, discutir, organizar… O Eddie tem tido esse privilégio, tem direito a jogadores com o perfil que quer. Não posso estar frustrado, nem usar essa palavra. Eu tenho que me tentar adaptar, sem sentir nenhum tempo de frustração. O Manu para a semana vai estar a trabalhar de um modo global. No final de novembro ele pode jogar».
José Mourinho falou sobre a mensagem deixada em Chaves:
«A equipa quer o mesmo que eu, não existe divergência. Uma coisa é um plano de jogo, outra é o que se vê em campo. Pensa-se de uma maneira, treina-se de outra maneira. Não existe um desacordo. Eu queria que marcássemos e matássemos o jogo e eles não o conseguiram. Até tivemos oportunidade. Depois entraram num ritmo mais lento e eu penso que era assim que eles estavam habituados a jogar».
José Mourinho garantiu que não esteve perto de rumar ao Newcastle United:
«Não estive perto, mas houve um momento na minha carreira em que tive que me concentrar nos clubes e não apenas em mim. Houve momentos em que pensei somente na carreira. Nunca fui contactado. Não me arrependo porque nunca lhes disse que não. Disse a outros emblemas. Acho que não precisam de um treinador e espero que não precisem nos próximos anos. Neste momento da minha carreira, nenhuma equipa me motivaria tanto como eu estou no Benfica».