Martim Mayer foi entrevistado pelo Bola na Rede. Candidato à presidência do Benfica deu a sua visão sobre o futuro dos encarnados.
Martim Mayer é candidato à presidência do Benfica. Antes das eleições, que se realizam a 25 de outubro, o empresário foi entrevistado pelo Bola na Rede para falar da sua visão para o futuro dos encarnados e da sua proposta. Candidato criticou atitude de indiferença de Rui Costa para os sócios.
«Quando vamos aos EUA e visitamos várias casas do Benfica lá, vemos pessoas que, por amor ao clube, gastam muito dinheiro a manter as casas, a tomar iniciativas em volta do Benfica e o clube não só não os apoia como não os respeita devidamente. As três casas do Benfica que visitei nos EUA estão há seis anos há espera que uma fotografia institucional do nosso presidente Rui Costa seja enviada para lá para ser colada nas casas. Isto diz tudo. É abaixo da crítica, perdoem-me a expressão. O clube não pode comportar-se assim. Há pessoas na organização do clube que são responsáveis por ter estas situações resolvidas no dia-a-dia, que são pagas pelo clube para trabalharem e não é aceitável que isto aconteça. Não é aceitável que haja pedidos de encomenda de merchandising de 2023 que em 2025 ainda não chegaram. Não é aceitável que se chegue às casas do Benfica e se queira impor padronização desde chávenas a fornecedores de café ou a mesas e cadeiras, quando a riqueza do Benfica está em ter a personalidade das pessoas que vivem o Benfica em cada casa destas. A casa do Benfica de Viseu não tem de ser igual à casa do Benfica de Newark ou de qualquer outra zona do mundo. Cada casa do Benfica tem de ter a personalidade das pessoas que promovem e lideram essa casa e é dessa riqueza que o clube vive. Acho que esta direção não tem feito um bom trabalho aí, porque se tenta aproveitar do trabalho das casas do Benfica e acaba por impor um conjunto de vendas que quase as matam à nascença e, por outro lado, dá-lhes zero apoio e zero consideração. Temos de mudar isto e não é só para dizer que mudamos. Temos de mudar isto porque é o mais profundo do nosso clube. Não há o direito de tratar isso dessa forma. Temos de mudar e ouvir os sócios. Pretendo ter um conselho de sócios em permanência no Estádio da Luz, um conjunto de pessoas que representem um universo de sócios. Pessoas de diferentes idades, números de votos, zonas geográficas e perfis académicos que tragam para cima da mesa as preocupações e necessidades de cada tipo de sócio para revertermos a atual situação e promovermos ativamente o clube. Se em 1904 começámos a fazer isso bem, não é agora que vamos parar, seguramente»,
Lê toda a entrevista de Martim Mayer.