Martim Mayer foi entrevistado pelo Bola na Rede. Candidato à presidência do Benfica deu a sua visão sobre o futuro dos encarnados.
Martim Mayer é candidato à presidência do Benfica. Antes das eleições, que se realizam a 25 de outubro, o empresário foi entrevistado pelo Bola na Rede para falar da sua visão para o futuro dos encarnados e da sua proposta.
«Tenho no meu programa a criação de um departamento de relações institucionais do clube. Já existe uma pessoa que faz as relações institucionais do clube, mas eu não quero pessoas, quero uma área a trabalhar as relações institucionais internas e externas. Isto é para tudo. Se quisermos vir a ter um centro de competências de basquetebol em Aveiro, vamos ter de interagir com os organismos locais da zona. É mais abrangente ainda. Essas relações institucionais têm de estar pensadas, bem estruturadas, e tem de haver uma estratégia e um caminho. Depois, têm de estar dentro da direção as pessoas certas para estabelecer relações constantes e diretas com todas as entidades que estão envolvidas no futebol e no desporto. Essa é a linha de pensamento. Não me revejo nos ziguezagues que o Benfica tem feito essas relações. Às vezes parece que anda adormecido e outras vezes parece que acordou, ficou esquizofrénico e pegou numa metralhadora para disparar para toda a gente. As coisas não se fazem assim. O Benfica é uma instituição centenária, uma instituição respeitável. Há mais benfiquistas que portugueses. Há que perceber que a dimensão e o peso institucional de uma entidade como esta tem de ser trabalhado com muito cuidado. Há muita responsabilidade e tem de ser visto de forma muito profissional, sabendo-se exatamente o que se quer de relações institucionais e fazendo-o de forma constante, não com picos de ausência e esquizofrenia. A estabilidade na postura institucional do Benfica é algo que sei como trazer, inclusive pelas pessoas que tenho comigo, e de certeza que se percebe que, dessa estabilidade, chegam frutos e o peso institucional do clube. Não haverá, muito provavelmente, situações como as que aconteceram recentemente a repetir-se. Isso é algo que se trabalha todos os dias, não para acontecer neste ou naquele. Tem de estar presente todos os dias e é isso que iremos fazer», vincou o candidato.
«Privilegio a elevação, a estabilidade e o trabalho. Quando não sabemos o que estamos a fazer e surge uma determinada situação, não nos preocupámos a evitar que ela surgisse nem vamos reagir da forma certa se só pensarmos nisso quando nos cai no colo. É preciso um trabalho de fundo e termos a perceção de que temos de estar presentes numa quantidade de matérias e que, pela nossa presença e com o peso institucional que o Benfica tem, seguir esses assuntos numa base diária é suficiente. Não me revejo em aparecer para picardias e depois não dizer nada durante um ano ou agora que há eleições fazer um comunicado por dia, e quando não há eleições parecer que o Benfica não tem canais de comunicação. Tem de ser uma coisa pensada e de haver estabilidade. O respeito institucional passa por olhar para o Benfica e ver coerência na postura e na posição que o Benfica toma e tem. É sempre igual. Isso é que é categoria, institucionalidade e o que o Benfica tem de transmitir», destacou ainda Martim Mayer.
Lê toda a entrevista de Martim Mayer.