Nuno Silva foi o mais recente entrevistado pelo Bola na Rede. O treinador destacou alguns nomes com quem trabalhou.
Nuno Silva foi adjunto de Luís Freire durante 14 anos e o mais recente treinador a ser entrevistado pelo Bola na Rede. O técnico foi desafiado a escolher os melhores jogadores com quem trabalhou.
«Todos os jogadores que chegam neste contexto, do Adrien Silva ao Samaris, que também tem vários títulos nacionais, chegam com um estatuto inerente. A única diferença é que o Adrien estava há seis meses sem jogar e precisava de ritmo de jogo. É uma pessoa espetacular, com uma humildade tremenda, sempre disponível para aprender e que nunca fez cara feia jogando ou não jogando. Um super profissional, muito cuidado na alimentação, no descanso e na recuperação. Na fase em que o apanhámos ainda tinha muito para dar ao futebol. Nota-se que é um patamar acima, na qualidade com que executava notava-se uma diferença brutal. Existe uma diferença muito grande do patamar de jogador amador para jogador profissional. Depois, dentro dos profissionais, existem os profissionais e os jogadores de topo. Aconselho vivamente quem puder a ver um jogador de topo a treinar ou jogar. É uma experiência enriquecedora».
«Gostei muito de trabalhar com o Adrien. Trabalhar com o Samaris também foi muito enriquecedor, tem uma mentalidade competitiva incrível. Ensinamos, mas também aprendemos. Falávamos muitas vezes sobre a força com que passamos a bola, para que pé do colega a passamos, sobre os gestos que fazemos com os braços quando ao toque na bola. É uma pessoa muito focada nisso e foi muito bom trabalhar com ele. Tive o Rúben Micael, que era outra mentalidade competitiva muito acima da média. Apanhei-o com 34 ou 35 anos e dava vontade de dizer “Porque é que não apanhei este homem mais cedo”. Tinha muita coisa interessante. Era preciso pôr uma bola a 30/40 metros e ele metia com o pé direito ou esquerdo, se estávamos por cima do jogo e sentíamos que tínhamos de ser mais agressivos ele puxava pela equipa. Conseguia levar a equipa atrás dele. Apanhei jogadores surreais também em patamares abaixo, como o Bruninho no Mafra. Fez um ano brutal connosco e era um jogador diferenciado para aquele contexto. No Pero Pinheiro, o Tiago Francisco e o Aguiar eram muito acima do contexto. No Ericeirense apanhei o Matheus Nunes».
Lê toda a entrevista de Nuno Silva.