Pedro D’Oliveira analisou o duelo entre o Atlético e o Benfica da Taça de Portugal. Águias venceram por 2-0 e seguem em frente.
O Benfica venceu o Atlético por 2-0 e está na próxima fase da Taça de Portugal. O Bola na Rede esteve no Estádio do Restelo e, no final do encontro, teve a oportunidade de colocar uma questão a Pedro D’Oliveira, técnico do Atlético CP.
Lê também a questão a José Mourinho, treinador do Benfica.
Bola na Rede: Na primeira parte o Atlético consegue muitas vezes sufocar a saída de bola do Benfica, quer a 3 quer a 4, com o Atlético a perturbar a construção de jogo. Taticamente, quais foram as vantagens identificadas neste momento?
Pedro D’Oliveira: Antes das vantagens táticas, era um bocadinho passar a coragem. No momento da dúvida, quando encaixamos num sistema de três centrais é quando há mais dúvidas: se o extremo salta no central e deixa o ala descoberto, a vantagem que pode haver por fora, o lateral não pode rodar e cortar, se o Ivanovic vai à linha o nosso central tem de conseguir saltar. O primeiro desafio era haver coragem para estarmos preparados para o que podia ser esse 3-5-2 com os médios em 1-2, com liberdade ao Pavlidis, e ao mesmo tempo o que aconteceu na segunda parte, que é o que tem acontecido nos últimos 12 jogos do Benfica, o 4-3-3. Acho que teve um bocadinho que ver com a parte física, sinceramente. Encaixámos bem, sempre que o fizemos o Benfica acabou por ter dificuldades. Aos 20 minutos o Samu [Samuel Soares] mandou fechar. Tem de ficar bem delineado. Sentiram que não estavam seguros para bater aberto nem para sair apoiados. Isso é mérito ao que foi o Atlético. Agora, em jogos destes, em dérbis contra equipas grandes, nas quatro grandes oportunidades que tivemos temos de fazer golo.

