Rui Borges analisou a vitória do Sporting sobre o Benfica na Taça de Portugal em conferência de imprensa. 3-1 para os leões.
O Sporting venceu o Benfica por 3-1 na final da Taça de Portugal e Rui Borges, treinador dos leões, analisou o encontro em conferência de imprensa.
«As dificuldades existem, eu apenas não me agarro a elas. A forma como olhamos para elas e temos que transformá-las em oportunidades. Agarrei a oportunidade, merecemos esta oportunidade, enquanto equipa técnica. Os jogadores, convenci-os de que eram campeões nacionais. É fazê-los acreditar. Não jogava, jogava outro, faz parte. É a forma como olhamos para a nossa vida e eu olha para o que a vida me dá com gratidão. Temos que viver na mesma e agradecer da mesma forma tudo o que a vida nos dá».
O técnico do Sporting fez a sua análise ao encontro frente aos encarnados:
«Um jogo competitivo, tal com os outros contra o Benfica. Fomos melhores em alguns momentos, e o Benfica em outros. Entrámos muito bem nos 15 minutos, mas depois o Benfica passou a dominar. O Rui teve uma grande defesa. Na segunda parte queríamos ser mais forte nos duelos, estávamos a ser muito fofinhos, digamos assim. O Benfica veio com uma estratégia diferente do habitual, bateu com o nossos sistema. Deixámos o Benfica sair em transição. Na segunda parte não entrámos tão bem, ficámos confusos durante cinco minutos depois do golo. O Benfica agarrou-se um bocadinho ao resultado. É natural, é uma final e dá um trofeu. Faltou-nos em algum momento mais qualidade. Por vezes abusámos do Viktor e desgastamo-lo. A equipa foi crescendo e acreditou que podia chegar ao empate e chegou, com todo o mérito. Fomos melhores na primeira parte do prolongamento, na segunda parte foi competitivo. Depois aparece o Trincão, que merece reconhecimento».
Rui Borges reagiu às queixas de arbitragem por parte de Bruno Lage e falou de Viktor Gyokeres:
«Queixar da arbitragem é subjetivo, faz parte. O resultado fala por si, é justíssimo. Tem que se perceber que o Viktor não vai aparecer todos os momentos bem. Tem que ter paciência e eu disse isso. O Viktor é isto, a qualquer momento resolve um jogo, deu o empate. Temos que perceber que não vai ter todas as ações muito boas. Tem que fazer a diferença nas poucas ações e continua a fazer a diferença. Merece todo o reconhecimento. A equipa também dá muito ao Viktor. O Sporting ganhou com a ajuda do Viktor, do Trincão, do Moreira.. de todos».
Rui Borges respondeu ao Bola na Rede e analisou a prestação da linha defensiva do Sporting:
«Exibição da linha defensiva? Esteve muito bem, ao intervalo pedi para ser mais pro-ativa. A linha defensiva tinha que ser mais rápida a cortar o espaço, principalmente o Gonçalo Inácio. A estratégia do adversário tem que perguntar a ele, embora já antevíssemos a estratégia. Tínhamos que ser competitivos e ganhar o duelos. Às vezes falhámos nisso. O Carreras entrou por dentro a conduzir, por exemplo. O Iván e o Matheus já treinaram ali na posição de central. Estávamos a perder e em vez de criarmos apenas desequilíbrios com o Quenda e o Maxi, colocámos dois jogadores que são de corredor e podem desequilibrar. O Inácio e o Eduardo são centrais, são posicionais».
Rui Borges deixou muitos elogios para Francisco Trincão e falou do futuro:
«Fico com muito orgulho. Temos sensações diferentes e opiniões diferentes. Ele é um grande jogador. Disse-lhe para resolver o jogo e merece este reconhecimento. Tem qualidade e deu muito à equipa ao longo do tempo. Ele esteve lá sempre, nunca disse que estava cansado ao longo da época. Nunca o vi a desacreditar ou triste. É um jogador muito inteligente. Não achei que tivesse dificuldades com o Carreras. O Trincão é dos melhores jogadores em leitura tática. Tecnicamente é acima da média, por isso já representou o Barcelona. Está a conseguir aliar à parte técnica e à parte competitiva. Terá um futuro fantástico. No próximo ano é igual. É fazê-los acreditar que são bicampeões. Agora é descansar, foram 4 meses duros. É aproveitar o descanso. Na próxima época depois pensaremos, vai ser uma época muito dificl. Estamos numa grande equipa e sabemos da exigência que isso dita. Deixar uma palavra, que ainda não deixei, aos nosso adeptos, que têm sido incríveis. têm o mesmo acreditar que nós e a mesma confiança que nós. Anteriormente eram algo desacreditados, mas hoje não, acreditam muito que vamos ganhar e isso sente-se. É um mérito global. A família Sporting somos todos. Esse espirito está cada vez mais cimentado no clube».
Rui Borges assumiu que só faltou a conquista da Taça da Liga na época verde e branca:
«Acho que não podia pedir mais, só se ganhasse a Taça da Liga. Estivemos sempre nas decisões e era isso que eu queria. fosse até onde fosse. Só nos podemos orgulhar. Orgulha-me todo o nosso caminho e trajeto. O meu trabalho e o nosso trabalho tem respondido por nós. Nada me foi dado. Nunca ganhei nos outros clubes, não vim para cá por causa de ganhar troféus. Viram em mim um bom líder. Orgulha que me digam que sou uma boa pessoa, mais que um bom treinador. Sei que sou uma boa pessoa, deram-me uma educação muito boa, deixar um beijinho aos meus pais. A simbiose no Sporting é perfeita, respeitamo-nos muito. Queríamos ser mais competitivos na Champions, mas não fomos. Tivemos que perceber onde queríamos estar a 100%. Optámos um bocadinho pelo campeonato e pela taça. Tivemos que tomar decisões, mas sempre juntos enquanto Sporting. Deixar um abraço também ao posto médico, que foi posto em causa. São claramente os melhores, aqui nada é feito ao acaso. Tudo é feito em um. Toda a gente é um».
