«Ainda sonho com a Seleção» – Entrevista a José Moreira

BnR: Há dois anos, numa entrevista, disse que ainda alimentava o sonho de voltar à seleção e de jogar na Liga dos Campeões. Ainda vai treinar todos os dias com isso em mente?

JM: Claro que sim. O sonho comando a vida e se tu sonhas alto podes não conseguir alcançar o teu sonho, mas vais chegar lá perto. Se sonhares baixo, a única coisa que podes atingir é esse sonho baixo. É óbvio que eu tenho esse sonho e que vou continuar a tê-lo até ao último dia que jogue futebol porque é esse o meu objetivo. Sei que hoje está mais difícil do que aquilo que estava há dois anos, mas vou continuar a levantar-me da cama todos os dias para lutar por esse meu sonho.

José Moreira é o dono da baliza do GD Estoril-Praia
José Moreira é o dono da baliza do GD Estoril-Praia

BnR: Tendo em conta que é um ícone já histórico na baliza do SL Benfica, ainda pensa em voltar a defender a baliza dos encarnados?

JM: Eu neste momento sou jogador do Estoril Praia, tenho contrato até junho de 2018 e é só no Estoril que eu me vou focar. Como se costuma dizer, “o futuro a Deus pertence” e isso são coisas para pensar noutra altura. Neste momento, estou focado no Estoril e em fazer um bom ano de 2018 para conseguir os nossos objetivos e fugir da situação em que estamos.

BnR: E, pegando agora na questão já mais do que debatida da baliza do Benfica, como vê a atual disputa entre os guarda-redes encarnados e toda esta polémica que se gerou?

JM: Eu encaro isso com normalidade, tal como encaro na baliza das outras equipas. Cada plantel é constituído por 3 ou 4 guarda redes, acho que o futebol português hoje em dia está muito bem fornecido de guarda-redes e isso é uma disputa natural. Infelizmente, nesta posição só pode jogar um de inicio e é óbvio que essa luta irá sempre existir. Se existe essa discussão é porque todos têm muito valor e quanto mais competição houver, melhor para todos.

BnR: Na entrevista que deu recentemente, falou do Trapattoni. É, de facto, o treinador que mais o marcou e que mais fica marcado na sua carreira?

JM: Não. Acho que os todos os treinadores me marcaram muito e todos me deram algo que eu ainda hoje tenho e que faz parte da minha experiência. Houve uma vez que estava a fazer o meu currículo e estava a pontar os treinadores com quem já treinei: Jupp Heynckes, José Mourinho, Trapattoni, Ronald Koeman, Brendan Rodgers, Scolari, Jorge Jesus, Carlos Queiroz. Já trabalhei com muitos treinadores e de todos eles absorvi muitas coisas que levo na minha bagagem, tanto boas como más. É isso que eu tento absorver de todos os meus treinadores. Na altura, Trapattoni foi o treinador que me deu o primeiro título de campeão nacional, mas tive situações muito boas com ele, muito más, de frontalidade, mas sempre nos respeitámos, tal como sempre respeitei os meus treinadores e os meus treinadores me respeitaram a mim. E já agora, visto que estamos a falar dos treinadores principais, é também importante falar dos treinadores de guarda-redes. Todos eles me deram algo que moldou o que eu sou hoje, tanto como ser humano como guarda redes. Só tenho é de agradecer a todos, sem riscar nenhum da lista. E espero ter ainda mais treinadores de guarda redes porque quero jogar muitos mais anos.

Guilherme Anastácio
Guilherme Anastáciohttp://www.bolanarede.pt
O Guilherme estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social e tem o sonho de ser um jornalista de eleição. O Sporting Clube de de Portugal é uma das maiores paixões que Guilherme tem, porém, é ao mote do lema da moda “Support your local team”que acompanha a equipa do Estoril-Praia. Sendo natural de Cascais, desde pequeno que apoia a equipa da linha e que é presença assídua no António Coimbra da Mota.                                                                                                                                                 O Guilherme escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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