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«Sou mais conhecido em Portugal do que no próprio Brasil» – Entrevista BnR com Edmílson

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– A outra carreira no futebol e a posição política –

BnR: Retirado do futebol, em 2018, tiveste uma proposta do clube da Nazaré (Os Nazarenos) para ocupar o cargo de coordenador de futebol. Que razões te levaram a aceitar?

E: Esse mesmo amigo que me levou para a Bélgica, o Laécio Silva, estava em contacto com um empresário a mando dos Nazarenos. Eles precisavam de um diretor desportivo com o objetivo de dar uma maior visibilidade ao clube. Ligou-me, perguntou se eu estava disposto a ir à Nazaré – cidade de praia muito bonita – e tentou persuadir-me. Felizmente, o contrato não se consumou, não por culpa dos Nazarenos, mas sim do empresário (tinha problemas com contratos de jogadores). Não cheguei a assinar e ainda bem. Graças a Deus!

BnR: Depois de terminar a carreira de futebolista, pensaste, algum dia, em exercer outras funções no mundo do futebol ou pensou trabalhar fora dele?

E: É sempre bom você parar o futebol, mas estar ligado ao futebol. Tenho um clube aqui na minha cidade, no Brasil, é um clube pequeno. É profissional e serve para procurar novos talentos e colocá-los nos diferentes mercados. Eu gosto disto, gosto de estar debruçado sobre este mundo.

BnR: Muitos talentos encontrados?

E: Nós somos um clube formador e apostamos nas camadas jovens, desde os onze anos até à altura de se tornarem seniores. Estamos sempre à demanda de novos talentos, de forma a colocá-los no exterior. O Brasil terá sempre muitos craques porque é um país enorme. A maioria dos miúdos quer pertencer ao futebol, quer jogar. É lógico que não existe lugar nem vaga para toda a gente, mas nós estamos muito atentos ao que acontece. Descobrir, trabalhar e encaixar. O nosso lema é esse!

BnR: Vivemos tempos difíceis e o Brasil não é exceção. O que esperas do futebol pós-pandemia?

E: No Brasil, tudo está muito difícil e com uma certa poeira. Tenho a plena certeza de que muitos clubes irão falir. Mas, em primeiro lugar, vem a saúde das pessoas. O vírus veio para ficar. O cuidado deve ser redobrado em todos os movimentos. Aqui, os clubes só vão voltar a jogar quando os órgãos de saúde assim o decidirem. O meu clube está parado desde março: despedimos todos os jogadores e limitamo-nos a aguardar a resposta da nossa federação.

BnR: Muitas saudades de gritar golo e de insultar o árbitro?

E: (risos) Insultar o árbitro só às vezes (risos). Mas, claro, com certeza. Mesmo como diretor, sinto saudades de gritar golo. É um momento único no futebol. Quer o facto de o marcar, quer o facto de vibrar com o momento. Todos os adeptos e jogadores do mundo estão com saudades do regresso. Porém, necessitamos de muita cautela e de cumprir cada medida de prevenção à risca para que não se verifiquem problemas…

BnR: Para finalizar, proponho uma entrada no campo da suposição. Imagina a seguinte situação: combinavas uma “peladinha” com amigos e, chegando ao ringue, Jair Bolsonaro encontrava-se lá e propunha um jogo. Qual era a probabilidade de o Edmílson ser expulso, sendo que jogavas na equipa adversária de Bolsonaro?

E: (risos) não, não nada disso. Até porque eu sou apoiante de Jair Bolsonaro. Ele está a ser um grande presidente, ao contrário do que os media afirmam. A maioria da população brasileira votou e vota no Bolsonaro. Foi eleito com mais de 60 milhões de votos. O povo está com ele, a imprensa contra ele. Os poderes legislativos e judiciais estão contra ele, mas o povo está com ele. Ele tem também o meu apoio.

Romão Rodrigues
Romão Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
Em primeira mão, a informação que considera útil: cruza pensamentos, cabeceia análises sobre futebol e tenta marcar opiniões sobre o universo que o rege. Depois, o que considera acessório: Romão Rodrigues, estudante universitário e apaixonado pelas Letras.                                                                                                                                                 O Romão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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