«Bruno Fernandes é merecedor de outras equipas e campeonatos» – Entrevista BnR com Vítor Bruno

– A receita estrangeira de molho agridoce –

“Ganhar com um golo meu ao Steua [de Bucareste] ao fim de dez anos e ter ganho a Taça da Roménia foram momentos que me marcaram.”

BnR: O ano de 2015 marca a tua primeira experiência no estrangeiro. Como foi viver e jogar na Roménia, ao lado de uma armada lusa composta por Dani Coelho, Tiago Lopes, Mário Camora, Filipe Nascimento, Guima e Ivan Santos?

VB: Foi a experiência mais dura e, ao mesmo tempo, enriquecedora da minha vida. Vivi momentos incríveis, que guardarei para sempre. Porém, não estava preparado. A minha filha tinha acabado de nascer [tinha apenas um mês]. Aceitei, mas não queria ter aceitado. Eu sei que é contraditório. Na altura, tinha a possibilidade de assinar por um clube da primeira liga mas queria ir ganhar mais algum dinheiro, algo que nunca foi prioridade na minha vida. No entanto, fui enganado nos contratos paralelos e isto ainda me deixou mais convencido de que não tinha tomado a melhor decisão. O próprio clube passava, na altura, por momentos difíceis. Tinha acabado de estar insolvente e os jogadores estavam desconfiados, porque só iriam receber cerca de 11% do valor em falta. Para além disto, a equipa começou com menos seis pontos no campeonato. Tudo isso ajudou a que não estivesse certo de ter tomado a melhor decisão. Não obstante, houve momentos fantásticos e que não dão para esquecer. Ganhar com um golo meu ao Steua [de Bucareste] ao fim de dez anos e ter ganho a Taça da Roménia foram momentos que me marcaram.

BnR: Ao serviço do Cluj, protagonizas uma das tuas melhores épocas individual e coletivamente, que culmina na conquista da Taça da Roménia frente ao Dínamo de Bucareste, num jogo de loucos. Consegues descrever a sensação de jogar num ambiente como o daquela final?

VB: Sim, consigo, até porque são momentos de uma vida. Viver aquele ambiente é desejar que o árbitro não apite para o final do jogo. Essa final, que já tinha sido adiada [por força da morte de Patrick Ekeng, jogador do Dínamo de Bucareste, que faleceu em campo antes do jogo], a somar a toda aquela envolvência própria de uma final, tornou o ambiente no estádio incrível. Fizeram, inclusive, uma coreografia espetacular a homenagear o Patrick. Com o estádio cheio, toda a magia de uma final estava lá.

Fonte: Facebook de Vitor Bruno
Miguel Ferreira de Araújo
Miguel Ferreira de Araújohttp://www.bolanarede.pt
Um conjunto de felizes acasos, qual John Cusack, proporcionaram-lhe conciliar a Comunicação e o Jornalismo. Junte-se-lhes o Desporto e estão reunidas as condições para este licenciado em Estudos Portugueses e mestre em Ciências da Comunicação ser um profissional realizado.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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