BnR: Como foi voltar à WWE em 2016?
T: Foi bom voltar a ver algumas caras familiares. Eu voltei porque queria que os meus filhos crescessem nos Estados Unidos. Mas a lesão foi um revés e as pessoas já não quiseram esperar pela minha recuperação e tive de sair da companhia.
BnR: Estamos na semana Wrestlemania. Como é que na sua altura se vivia esta semana?
T: Vivíamos com muita pressão. Para os fãs, eu percebo a importância que esta semana tem, mas para nós era mais um evento. Tínhamos de encarar assim, como mais um show onde íamos para o ringue e dávamos o nosso melhor tal como noutras noites.
BnR: Nakamura e Asuka têm tido grande destaque na WWE e vão ser estar nos combates principais. Como se sente ao ver compatriotas a vingar na WWE?
T: Tal como referi é apenas um trabalho. São dois lutadores a fazerem o seu papel. Mas como amigo fico feliz. A WWE mudou muitos últimos anos, para o wrestlers japoneses e não só. Com o aparecimento da WWE Network, a companhia quer atrair fãs de vários países e aposta em wrestlers estrangeiros.
BnR: Isso significa que Nakamura e Asuka são a prova de que a WWE começa a olhar para os estrangeiros?
T: Sim. Nakamura e Asuka mostraram aos wrestlers estrangeiros que se pode ser campeão na WWE. Muitos hoje acreditam que é possível ter sucesso na companhia. Nakamura e Asuka comprovam isso mesmo.
BnR: Esteve na New Japan, uma companhia que cresce cada vez mais. A New Japan ajuda a mostrar o que é feito no Japão e a colocar o wrestling japonês no mapa?
T: A New Japan tem se desenvolvido muito, mas ainda assim tem muito para crescer. Quando eu comecei a ver wrestling, era algo muito grande no Japão, ainda mais do que agora. A New Japan tem dois problemas, não tem Network própria e os seus espectáculos acontecem de madrugada, na óptica do público ocidental. O fã casual não tem interesse na New Japan.
BnR: Mas com o crescimento que tem tido e com os nomes que tem contratado, acredita que pode vir a ser uma ameaça à WWE?
T: Não a WWE é muito grande. É outro mundo e a New Japan tem muito para conquistar ainda.
BnR: O que é que falta ao wrestling no Japão para chegar a outros patamares.
T: O wrestling japonês é muito diferente do wrestling americano. Nós temos um estilo único e somos muito virados para dentro, ou seja, é um produto só para japoneses. Os fãs americanos não vão ver o wrestling japonês nem estão habituados a um estilo tão diferente.
BnR: Olhando para a sua carreira, qual foi o seu combate favorito?
T: Contra Ultimo Dragon. Já referi que ele sempre foi uma referência para mim. Foi um grande combate, nós temos uma grande química e juntos conseguimos dar um grande espectáculo. Foi muito especial para mim lutar com ele e arrisco-me a dizer que só com ele tenho esta química.