«Tínhamos um país inteiro à volta do aeroporto» – Entrevista José Bizarro

    Mundial de sub20 de 1989

    Bizarro é carregado em glória pelos seus companheiros Fonte: FB de José Bizarro
    Bizarro é carregado em glória pelos seus companheiros
    Fonte: FB de José Bizarro

    O ponto de partida, claro está, só podia ser a conquista do campeonato do mundo de sub 20 em Ríade, «um momento único da vida de uma pessoa», não só porque «pouca gente tem acesso a algo deste género», mas também por ter sido «o primeiro grande momento do futebol português» e pela alegria das pessoas- «à chegada à Lisboa tínhamos quase um país inteiro à volta do aeroporto».

    Nesse Mundial, José Bizarro foi um dos protagonistas da competição. Foi um dos cinco totalistas da equipa e cometeu a proeza de sofrer golos num jogo apenas (em 6), contra a Arábia Saudita, numa partida «que não era a feijões, porque não há jogos assim, mas era um jogo em que já estava tudo resolvido e que até serviu para o míster rodar alguns jogadores».

    O segredo da boa performance defensiva nos outros 5 encontros (onde se inclui a vitória sobre o Brasil, por 1-0, e a final diante da Nigéria, vencida por 2-0) esteve «nos anos seguidos em que trabalhámos juntos. Já sabíamos o que cada um tinha de bom e trabalhávamos muito bem como equipa».

    Desse plantel faziam parte nomes como os de Fernando Couto, João Vieira Pinto ou Paulo Sousa, craques a quem «já se notava qualquer coisa» mas que ainda não eram nada parecido no que se tornariam anos mais tarde. Paulo Sousa, por exemplo, «não era titular naquela equipa, muito menos era trinco, era mais um extremo»

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